O Brasil tem 207 mil pessoas com fortunas superiores a US$ 1 milhão, segundo relatório da Credit Suisse, e 33,1 milhões de pessoas que vivem no que é considerado ‘linha da pobreza’, de acordo com a Oxfam Brasil. Até a manhã desta quarta-feira (17), mais de 28 mil candidaturas haviam sido registradas para as eleições de outubro, 12% destes candidatos declararam ser milionários, de acordo com dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma minoria milionária se candidatando para governar uma maioria empobrecida. 38% dos candidatos não declaram patrimônio ao TSE e apenas um candidato é bilionário.
Os milionários estão majoritariamente entre os candidatos a presidente (58%) e vice-presidente (50%). Já os sem patrimônio são 40% entre deputados estaduais e 36% entre deputados federais. Dois candidatos à vice-presidência informaram à Justiça Eleitoral não ter bens.
O herdeiro do grupo Votorantim Marcos Ermírio de Moraes (PSDB), é o único candidato bilionário. Ele concorre pela 2ª suplência na chapa em que ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) disputa a vaga de senador pelo estado.
O Novo é o partido com mais candidatos milionários proporcionalmente. 27% dos candidatos do partido se declaram milionários, seguido pelo PSD (21%), PP (20%), União (20%) e PL (20%).
O PCB é a única sigla que não tem postulantes a cargo público com mais de R$ 1 milhão de patrimônio.
O PCO é proporcionalmente o partido com mais candidatos que disseram ao TSE ter zero patrimônio (73% do total). O PT é o que tem menos candidatos com essa categoria (17,8%), um pouco acima do Novo (18,2%), que aparece em seguida. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, vem depois, com 24,7%.
