Os desenhos animados clássicos da Disney como ‘Peter Pan’, ‘Dumbo’ e ‘Mogli’ passaram a ter avisos para o espectador de que contêm representações desatualizadas, estereotipadas e racistas.
O alerta no início dos filmes diz: “Este programa inclui representações negativas e/ou maus tratos de pessoas ou culturas. Esses estereótipos estavam errados na época e estão errados agora. Em vez de remover o conteúdo, queremos reconhecer o seu impacto prejudicial, aprender com ele e iniciar conversas para criarmos juntos um futuro mais inclusivo“.
Um dos filmes que exibe esta mensagem é Mogli: O Menino Lobo (1968): O personagem King Louie, um orangotango com poucas habilidades linguísticas, canta um estilo de jazz de Dixieland (New Orleans) e é mostrado como preguiçoso. O personagem foi criticado por ser uma caricatura racista dos afro-americanos. Além disso, Mogli, Baguera e Balú vivem, segundo o autor da obra, Rudyard Kipling, na Índia. É então de estranhar a presença de um orangotango com traços de afro-americano.
Outro filme infantil que contém o aviso é Dumbo (1941): O corvo principal, que ajuda Dumbo a aprender a voar, se chama Jim Crow — uma referência a um conjunto de leis segregacionistas do sul dos Estados Unidos do início do século XX — e é dublado por um ator branco, Cliff Edwards.
Um dos filmes mais polêmicos da Disney é “A Canção do Sul” (1946), que nunca foi lançado em vídeo ou DVD nos Estados Unidos. Sua representação do tio Remus, trabalhador da plantação, perpetua um antigo mito racista de que os escravos eram felizes nas plantações de algodão.
Um outro clássico que contém mensagens racistas é A Dama e o Vagabundo (1955) . Nele dois gatos siameses bastante maus são representados com características asiáticas que têm sido altamente criticadas, bem como a representação de vários dos cães de diferentes raças, com atitudes esterotipadas (e estão todos presos num canil).