Entre os anos de 2015 e 2021 o desperdício da água tratada no Brasil estava em crescente, mas em 2022 esse número ficou em 37,8%. Apesar da redução, o gasto da água potável ainda está acima do limite aceitável pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) que é 25%. O números foram divulgados pelo Instituto Trata Brasil nesta quarta-feira (05).
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A pesquisa mostra que os vazamentos nas redes, desvios (gatos de água), erros de medição dos hidrômetros e outros problemas somaram 7 bilhões de metros cúbicos de água em 2022. Em 2021, o desperdício chegou a 40,3%. O MDR tem a meta de reduzir até 2034 o índice de desperdício para 25%.
A pesquisa foi realizada em 100 municípios das 27 unidades da Federação e foi feito com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Confira os índices de desperdício de 2015 a 2022:
- 2015: 36,7%
- 2016: 38,1%
- 2017: 38,3%
- 2018: 38,5%
- 2019: 39,2%
- 2020: 40,1%
- 2021: 40,3%
- 2022: 37,8%
O relatório da pesquisa explica que é perda de agua:
“No processo de abastecimento de água, pode haver perdas por vários motivos, como vazamentos,
erros de medição e consumos não autorizados. Esses desperdícios trazem impactos negativos ao
meio ambiente, à receita e aos custos de produção das empresas, o que deixa mais caro o sistema
como um todo, prejudicando, em última instância, todos os usuários”, diz trecho do relatório.
Veja como a água poderia ser utilizada segundo a pesquisa:
- Água tratada perdida poderia abastecer 54 milhões de brasileiros por um
ano, enquanto mais de 32 milhões de brasileiros vivem sem o recurso
- A água potável perdida na operação, abasteceria toda população do Rio Grande do Sul (10,6
milhões de habitantes) por mais de cinco anos - O volume desperdiçado poderia abastecer o equivalente à toda população da região Nordeste
- Mais de 7,6 mil piscinas de água potável são desperdiçadas todos os dias
- Considerando todas as perdas físicas, seria possível abastecer os 17,9 milhões de brasileiros
que vivem em favelas por mais de três anos
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