Pesquisa mostra que desemprego global pode atingir 208 milhões de pessoas em 2023

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Um levantamento realizado pela Organização Internacional do Trabalho (ILO – sigla em inglês) revela que o número de pessoas desempregadas no mundo pode saltar de 205 milhões, registrado no último trimestre de 2022, para 208 milhões no ano de 2023.

Segundo o relatório esse aumento pode ser causado por alguns fatores mundiais, como a guerra na Ucrânia, alta da inflação em diversos países e política monetária mais restritivas. Ainda de acordo com o estudo, o conjunto dos fatores deve reduzir as ofertas de empregos de 2%, registrado em 2022, para 1% neste ano.

As taxas de desemprego vão sofrer elevações em 2023 – Foto: Shutterstock

A qualidade dos empregos e a renda média do trabalhador também é uma preocupação da Organização. Segundo o documento, A desaceleração de crescimento de ofertas de trabalho indica que muitos profissionais terão de aceitar empregos de “qualidade inferior”, com salários mais baixos.

“O trabalho digno é fundamental para a justiça social”, diz o relatório.

Além disso, o relatório revela que os preços dos produtos têm sido reajustado de forma mais acelerada do que o crescimento do rendimento mundial, correndo o risco de empurrar mais pessoas para a linha da pobreza, por conta dos salários não serem compatíveis com os preços de mercado.

“Essa tendência se soma a quedas significativas nas rendas observadas durante a crise da covid-19, que em muitos países afetou mais os grupos de baixa renda”, afirma a agência.

Lacuna de empregos

Um outro dado que chama a atenção no relatório é a lacuna global de empregos. São aquelas pessoas que estão desempregadas e também não estão à procura de trabalho. Em 2022, esse número chegou a 473 milhões de pessoas, cerca de 33 milhões a mais do que no final de 2019, último ano antes da pandemia.

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Mulheres e jovens são os que apresentam pior desempenho nos mercados de trabalho. No caso dos jovens, de 17 a 24 anos, a taxa de desemprego chega a ser três vezes maior que dos adultos. Já as mulheres, representam 47,4% de participação nos mercados, enquanto os homens atingem 72,3%.

“A necessidade de mais trabalho decente e justiça social é clara e urgente. Mas, se quisermos enfrentar esses múltiplos desafios, devemos trabalhar juntos para criar um novo contrato social global. A ILO fará campanha por uma Coalizão Global pela Justiça Social para obter apoio, criar as políticas necessárias e nos preparar para o futuro do trabalho”, finaliza o documento.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

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