Mais conhecido pelos processos que responde na Justiça do que por seus projetos de lei, o deputado federal e vice-líder do governo na Câmara, Carlos Jordy (PSL-RJ), publicou em suas redes sociais que entrará com uma representação no Ministério Público contra a loja Magazine Luiza. O parlamentar, que é um homem branco, utilizou suas redes sociais, neste sábado (19), para acusar a empresa de ‘racismo’, após a marca divulgar um processo seletivo exclusivo para negros.
“Estou representando ao Ministério Público a loja @magazineluiza para que seja apurado crime de racismo no caso do programa de Trainee só para negros. A lei 7.716/89 tipifica a conduta daquele que nega ou obsta emprego por motivo de raça”, publicou o deputado que já foi condenado a pagar R$ 35 mil em indenização a Felipe Neto, por afirmar que os assassinos responsáveis pelo massacre de Suzano, em março de 2019, cometeram o crime após assistirem um vídeo do YouTuber.
O bolsonarista fluminense continuou: “Ações afirmativas,tais como cotas, existem e são até previstas em lei p/ ingresso no ensino e serviço público, apesar de discordar frontalmente de cotas raciais. Porém, a ação da @magazineluiza não se trata de uma ação afirmativa mas de impedir a contratação de pessoas não-negras”.
Tais declarações do deputado, conhecido por seus projetos irrelevantes, como o PL que cria o dia em memória à facada em Bolsonaro, ignoram o fato que racismo reverso não existe, porque este é um sistema de opressão e negros não possuem poder institucional para serem racistas.
A empresa respondeu: “Estamos absolutamente tranquilos quanto a legalidade do nosso Programa de Trainees 2021. Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional, de pessoas discriminadas há gerações, fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho”.
O perfil da Magalu ainda publicou: “Ações afirmativas,tais como cotas, existem e são até previstas em lei p/ ingresso no ensino e serviço público, apesar de discordar frontalmente de cotas RACIAS. Porém, a ação da @magazineluiza não se trata de uma ação afirmativa mas de impedir a contratação de pessoas não-negras”.
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