As denúncias de racismo no estado do Rio de Janeiro aumentaram mais de 170% de 2022 a 2023, segundo o Anuário de Segurança Pública. Foram 322 denúncias em 2022 contra 890 em 2023, um número quase três vezes maior.
Os casos vão desde os mais velados até os mais explícitos, como o do casal branco que foi filmado no último final de semana imitando macacos em uma roda de samba bastante frequentada por pessoas negras, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio. A Polícia Civil já investiga o caso como racismo.
A mulher que aparece no vídeo já foi identificada como uma argentina, que estava no Rio para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical, e o homem, um carioca.
Os casos de racismo também aumentaram de forma geral no Brasil. Segundo o mesmo relatório, houve um aumento de 127%, de casos registrados. No último ano, foram 11.610 boletins de ocorrência de casos de racismo, um aumento significativo se comparado com os 5.100 boletins de 2022.
Apesar do aumento de casos ser contabilizados, instituições pontuam que pode haver uma subnotificação, já que as vítimas podem desistir de denunciar e registrar os casos nas delegacias.
O crime de racismo, assim como o de injúria racial, tem pena de prisão de dois a cinco anos, além de multa. Além disso, são crimes inafiançáveis e imprescritíveis, podendo ser julgados independente da data em que foram cometidos.
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