Defesa de general Paulo Sérgio coloca Bolsonaro na fogueira e revolta aliados

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O julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista que culminou nos ataques do dia oito de janeiro de 2023, em Brasília, ganhou um capítulo de tensão entre os advogados responsáveis pela defesa do general Paulo Sérgio e os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, isso porque a defesa do general alegou que teria agido como uma espécie de contenção para evitar ‘medidas de exceção’ por parte do ex-mandatário.

A tese defendida frente aos ministros da primeira turma, coloca Jair Bolsonaro no centro das articulações do golpe de estado, após tentar deslegitimar o sistema eleitoral brasileiro e não aceitar o resultado das urnas nas eleições de 2022. A atuação do corpo jurídico do general foi recebida com surpresa pela Corte, a ministra Cármen Lúcia questionou, na tentativa de esclarecer a situação.

Defesa de general Paulo Sérgio coloca Bolsonaro na fogueira e revolta aliados – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil



“Vossa senhoria disse que o réu (Paulo Sérgio), ‘estava atuando para demover o presidente da república?’ Demover de que? porque até agora todo mundo disse que ninguém pensou nada…”, questionou a ministra.

O Advogado Dr. André prontamente respondeu o questionamento:

“Falo claramente, vossa excelência, demover de adotar qualquer medida de exceção.”

Além da base aliada ao Bolsonarismo e os advogados dos demais julgados pela Suprema Corte, a ação também causou irritação do ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social Fabio Wajngarten, que usou as redes sociais para se pronunciar. O debate indica que Paulo Sérgio colocou Bolsonaro na fogueira para se salvar.

“Eu sei muito bem qual era o “modus operandi” dessa turma que vivia no bate e assopra na orelha do Presidente. Criaram e distribuíram dentro do Gabinete Presidencial teorias conspiratórias para se manterem vivos dentro de suas insignificâncias.”, Escreveu Wajngarten na rede social X (antigo twitter).

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Erick Braga

Erick Braga

Formado em jornalismo no ano de 2023 pela Universidade São Judas Tadeu,criado no interior da Bahia e residindo desde 2012 em São Paulo, acredita no jornalismo profissional como ferramenta de transformação social e combate a desinformação.

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