Em meio a gritos de “liberdade”, “pátria livre “e “abaixo a ditadura“, centenas de cubanos foram às ruas no último domingo (11), em protesto contra a grave crise econômica que atinge o país. Mesmo com a conexão irregular no domingo, a onda de protestos chegou as redes sociais e atraiu mais pessoas insatisfeitas às ruas, com a situação da ilha.
A pior crise em 30 anos traz relatos de corte de eletricidade, escassez de alimentos, medicamentos, produtos básicos, além do agravamento da pandemia de Covid-19, que tem levado hospitais ao colapso. No domingo, Cuba registrou um recorde de 6.923 caos e 47 mortes por coronavírus, o dobro da semana anterior.
O governo cubado aponta os EUA como principal responsável pela onda de protestos e convocou os apoiadores do partido a enfrentar os protestos com firmeza e coragem. “Não vamos admitir que nenhum contra-revolucionário, nenhum mercenário, nenhum vendido ao governo dos Estados Unidos, vendido ao império, recebendo dinheiro das agências, se deixando levar por todas as estratégias de subversão ideológica, desestabilize nosso país”, disse o presidente Miguel Díaz – Canel. “Haverá uma resposta revolucionária. Estamos convocando todos os revolucionários do país, todos os comunistas, para que saiam às ruas em todos os lugares onde ocorram essas provocações”, completa o presidente que marchou pelas ruas de Havana
A pandemia da Covid-19 afetou o turismo e colocou Cuba frente a frente com sua pior crise em 30 anos. Segundo a agência de notícias Reuters, havia grande quantidade de policiais no local, com metralhadora em punho pela Ilha. Em Havana, capital do país, a polícia utilizou spray de pimenta para dispersar os manifestantes e prendeu cerca de 20 pessoas. As autoridades responderam cortando a internet e linhas telefônicas nas regiões onde há protestos. As manifestações começaram por volta de meio dia se estenderam até 21 horas em alguns locais.