Conceição Evaristo é eleita intelectual do ano com o Troféu Juca Pato

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Rio de Janeiro (RJ), 20/07/2023 - A escritora Conceição Evaristo lança a Casa Escrevivência, um espaço aberto ao público com biblioteca, no Largo da Prainha. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No último sábado (16), a União Brasileira de Escritores (UBE) consagrou a escritora Conceição Evaristo, como a primeira mulher negra a receber o Troféu Juca Pato 2023 de “Intelectual do Ano”. A escritora concorria com Maria Villani, Marilene Felinto, Martinho da Vila e Pedro Bandeira. O prêmio é um dos mais tradicionais do país, e foi criado em 1962 por iniciativa do escritor Marcos Rey.

A escritora mineira recebeu o troféu pela publicação de Canção para ninar menino grande (Ed. Pallas). Para concorrer a premiação, é necessário que a personalidade tenha publicado pelo menos um livro no Brasil no ano anterior, e que tenha se destacado em qualquer área de conhecimento. A cerimônia vai acontecer em novembro, no Festival Literário de Itabira, em Minas Gerais. 

O Padre Júlio Lancellotti, vencedor da edição de 2022, fará a entrega do troféu a Conceição Evaristo. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, será convidada para participar da homenagem.

A escritora Conceição Evaristo deve receber o prêmio oficialmente em novembro deste ano /Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

De acordo com o regulamento do Troféu Juca Pato 2023, a figura eleita “intelectual do ano” precisa, ainda, ter “contribuído para o desenvolvimento e prestígio do País, na defesa dos valores democráticos e republicanos”.

A publicação com a qual Conceição Evaristo venceu o prêmio, narra as relações de mulheres negras com o personagem Fio Jasmim.

Em 2019, a escritora tantas vezes reconhecida, foi escolhida como a ‘Personalidade Literária do Ano’ pelo Prêmio Jabuti, e é a principal responsável por introduzir o conceito de “escrevivência”, escrita que nasce do cotidiano, em realidades pessoais e na história de uma luta.

Conceição estreou na literatura em 1990 com seus contos e poemas na série ‘Cadernos Negros’. Seu primeiro romance, ‘Ponciá Vicêncio’, de 2003, expõe a discriminação racial.

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