Remo reforça combate ao racismo no futebol: “A luta antirracista rola no campo e fora dele!”

remo.png

Em postagem realizada no domingo (7) em suas redes sociais, o Clube Remo citou a importância de combater o preconceito racial e convocou seus torcedores para se unirem nessa luta. “Torcer é um ato de amor e responsabilidade”.

O clube destacou a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no início do ano de incluir no Regulamento Geral de Competições punições mais severas para casos de racismo no futebol brasileiro. As penas podem incluir até a perda de pontos para o clube .

Remo
Clube Remo se empenha em combater o preconceito racial no futebol. Foto: Divulgação

“O Rei da Amazônia abraça a causa da luta contra o preconceito. Ainda no início do ano, a CBF fez uma importante mudança no regulamento das competições e agora casos de racismo devem ser punidos com mais rigor. Com as mudanças os clubes podem perder pontos nos campeonatos, além de o racismo ser uma prática abominável.”

Nos últimos anos, dois jogadores do Remo sofreram ofensas racistas quando atuaram pelo clube. Durante o campeonato estadual de 2020, na transmissão da partida entre Remo e Águia de Marabá, um torcedor chamou o volante Gerson de “preto macaco” em um comentário, e na série B do Brasileiro de 2021, um dos torcedores do Cruzeiro chamou o atacante Jefferson de “macaco”. Em ambos os casos, os clubes repudiaram as atitudes racistas e foram feitas denúncias para punir os responsáveis.

No mesmo dia da postagem, o meio campista Tomas Batos, do CSA, também foi vítima de insultos racistas por parte de torcedores do Ypiranga/RS, em jogo da Série C do Campeonato Brasileiro. O jogo ficou paralisado por volta de dois minutos até que a mulher que chamou o jogador de “macaco” fosse identificada e retirada do local. Tomas efetuou um Boletim de Ocorrência ainda dentro do estádio e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

De acordo com o Relatório Anual de Discriminação Racial de 2021, realizado pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol e pelo Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/PROREXT, foram registrados 158 casos de racismo no esporte, mesma taxa recorde de 2019. A contabilização começou a ser feita pelo Observatório em 2014. 

Leia também: Jogadores negros recebem mais cartões amarelos e vermelhos do que atletas brancos no futebol, aponta estudo

Deixe uma resposta

scroll to top