“A série fala da potência que a comunidade se tornou”, afirma ‘Buscapé’ de Cidade de Deus

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O Notícia Preta entrevistou o ator Alexandre Rodrigues, que interpretou Buscapé no filme Cidade de Deus, e falou sobre a série que dará desenvolvimento aos personagens do filme, sobre a dramaturgia e sobre a estreia em 2024.

Para o ator, Buscapé amadureceu muito na série em detrimento do filme, e o personagem está mais sisudo por ter contato direto com a violência. “O filme tratou como a Cidade de Deus, lugar físico, cresceu, a criminalidade, etc., A série vai tratar diretamente das pessoas ali, como elas evoluíram, os problemas sociais que viveram. A série fala da potência que a comunidade se tornou”, disse ele.

Alexandre Rodrigues encenando na série Cidade de Deus – Foto de divulgação.

Alexandre falou que o filme Cidade de Deus marcou muito sua vida e a dos brasileiros negros, para ele, “cidade de Deus trouxe a pele preta de maneira muito bonita, as pessoas passaram a se referenciar, mas agora passaremos a nos ver não só como beleza, mas também com potência nessa série”, afirmou.

Ele relembra como foi o convite para participar da série e revela que, a principio, ficou com medo e ansioso, pois, “como falar de um legado de um filme que mudou a história do cinema nacional?”, questionou.

Alexandre conta que o longa-metragem começou como uma oficina, ele já fazia teatro e estava frequentando a oficina para complementar o lado teatral em atuações com câmeras, mas sete meses depois anunciaram que a oficina viraria um filme e ele gostou, mas anunciaram que ele seria o protagonista e foi tudo novo para ele.

Segundo o ator, Buscapé vai dar um nova reviravolta em sua carreira, ele vem de vários outros trabalhos consecutivos, e tem imensa gratidão ao Buscapé. Ele se diz muito feliz e contente com o que conseguiu levar através desse personagem.

Aly Muritiba, diretor da série, acredita que há uma diferença de reação dos personagens do filme para a série e ele explica:

“No filme o slogan do filme é ‘se correr o bicho pega se ficar o bicho come’ ou seja não tem jeito não tem saída a série é o contrário disso é a gente vai ficar e se o bicho comer vai ser você estado e não a gente”, contou o diretor explicando que as formas de resistência dos personagens será abordada de maneira diferente desta vez.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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