Nesta quinta-feira (29) o Instituto o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou o ritmo Choro como o 53° Patrimônio Cultural Imaterial do país. A definição aconteceu durante a 103º reunião ordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade. Vale dizer que a aprovação foi por unanimidade entre os 22 conselheiros.
De acordo com o parecer técnico que analisou o pedido de registro como Patrimônio Cultural, o Choro é uma prática complexa e diversa, presente em todas as regiões do Brasil, e teve início por volta de 1870. O músico Hamilton de Holanda iniciou sua carreira no Choro e foi um dos fundadores da primeira Escola de Choro no mundo (Brasília, 1997)
“Eu recebo essa notícia como uma coisa justa, o reconhecimento da importância desse gênero pra cultura do Brasil. É importante dizer que quando isso acontece, o Estado passa a ter um cuidado maior com o Choro, ou seja, é uma maneira que a gente encontra de dar proteção, de continuar divulgando esse gênero“, disse ele ao g1.
O ritmo é resultado das transformações e das criações realizadas pelas classes populares urbanas no final do século 19 a partir desses três grandes grupos de repertório. Nesse processo, os músicos brasileiros incorporam instrumentos de tradição portuguesa, como o cavaquinho e o violão, que eram próprios dessas camadas populares.
O termo “choro” nasce da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras no final do século 19 e seus apreciadores chamavam a manifestação cultural de “música de fazer chorar”.
Grandes nomes da música popular brasileira, como Chiquinha Gonzaga e Pixinguinha, contribuíram para o desenvolvimento do gênero, que foi desenvolvido a partir de ritmos portugueses e africanos, como a valsa da dança de salão europeia e o lundu.
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