Em um comunicado emitido nesta segunda-feira (24), a organização Human Rights Watch, voltada para a defesa dos direitos humanos, informou que a polícia do Catar deteve arbitrariamente pessoas da comunidade LGBTQIA+, violando alguns direitos destas pessoas.
No comunicado, a Human Rights Watch disse que já “documentou seis casos de espancamentos severos e cinco casos de assédio sexual sob custódia policial entre 2019 e 2022” e o último caso foi registrado em setembro deste ano.
Segundo a organização, seis pessoas foram presas em uma prisão subterrânea no Departamento de Segurança Preventiva do Ministério do Interior do Catar. Ao todo, foram Quatro mulheres trans, uma mulher bissexual e um homem homossexual que ficaram detidos.
Ainda de acordo com o comunicado da organização, os policiais “assediaram verbalmente e submeteram os detentos a abusos físicos, de tapas a chutes e socos até sangrarem”. “Uma mulher catari disse que foi golpeada até perder a consciência diversas vezes. Os órgãos oficiais de segurança infligiram abusos verbais, obtiveram confissões forçadas e negaram aos detentos o acesso aos seus advogados, família e atenção médica”, completa o documento.
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O Catar tem a homossexualidade como crime e mais de um milhão de turistas são esperados no Catar para a realização da Copa do Mundo Fifa 2022. Na comunidade internacional, a legislação do país que vai sediar a maior competição de futebol do mundo tem sido alvo de críticas.
As autoridades cataris disseram que desconhecem tal atitude por parte da polícia e classificou a versão da organização como “categórica e inequivocamente falsas”. “O Catar não tolera a discriminação contra ninguém, e nossas polícias e procedimentos são marcados pelo compromisso com os direitos humanos para todos”, afirmou um representante do governo catari.
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