Casal denuncia racismo em bar de Maceió: “implerei por ajuda”

Racismo em bar de Maceió expõe constrangimento contra estudantes

Racismo em bar de Maceió expõe constrangimento contra estudantes. Foto: Freepik

Um casal denunciou ter sido vítima de racismo em um bar no bairro do Prado, em Maceió. Júlia Neves Marinho de Almeida e seu namorado, João Roberto de Lira Santos Júnior, relataram que o episódio ocorreu enquanto aguardavam um carro por aplicativo após comemorar o aniversário de uma amiga.

De acordo com o relato das vítimas, cinco pessoas, incluindo um segurança do bar, e uma mulher que se apresentou como coronel, passaram a encará-los, bater na mesa e acusá-los de furto. Júlia foi obrigada a abrir a bolsa, que continha apenas caderno e estojo. O casal também afirmou que tentou pedir ajuda a policiais que passavam pelo local, sem sucesso.

Racismo em bar de Maceió expõe constrangimento contra estudantes
Racismo em bar de Maceió expõe constrangimento contra estudantes. Foto: Freepik

A Secretaria de Estado de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) informou que a ocorrência foi registrada como calúnia na delegacia virtual. Procedimentos investigativos foram abertos, e o casal precisa comparecer à delegacia para prestar depoimento. Apesar da classificação da ocorrência, os jovens consideram que o episódio configura racismo e buscam medidas legais.

“A gente sabe que isso não foi só calúnia. Isso tem nome e isso é racismo. Então a gente tá tomando todas as medidas legais para poder resolver essa situação e [estamos] em busca de justiça”, comentou João.

O bar divulgou nota afirmando que o colaborador identificado foi afastado e que está apurando o caso. A direção ressaltou que não compactua com discriminação e investirá em capacitação para evitar novos episódios.

A Polícia Militar de Alagoas informou que recebeu a denúncia por terceiros, via 190, e que os suspeitos já haviam deixado o local. As vítimas foram orientadas a registrar a ocorrência na delegacia.

O casal procurou o Instituto Negro de Alagoas (INEG/AL) para orientação sobre medidas legais cabíveis, reforçando a importância de denunciar casos de racismo e constrangimento.

Leia também: OAB de Alagoas registra um aumento de 80% no número de denúncias de racismo em 2023

Rafaela Oliveira

Rafaela Oliveira

Rafaela Vitória é graduanda em Jornalismo, nascida no Maranhão, com atuação profissional em mídias sociais e audiovisual, e interesse em narrativas sobre raça e cinema.

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