A sede da Casa do Jongo da Serrinha, em Madureira, no Rio de Jsneiro, será reaberta oficialmente neste domingo (01) , véspera do Dia do Samba, com uma grande festa cultural. A construção, instalada na Rua Compositor Silas de Oliveira, 101, no pé do Morro da Serrinha, passou por ampla reforma, e a programação de retomada das atividades terá início às 9h.
A primeira atividade do dia é um Cortejo Afro, que vai reunir integrantes de escolas de samba, incluindo Salgueiro, Império Serrano e Vila Santa Teresa. Diversos blocos e coletivos artísticos já confirmaram participação, como Cordão do Boitatá, Agbara Dudu, Caxambu, Salgueiro, Miracema, Jongo do Quilombo da Machadinha, Jongo do Bracuí, Jongo de Mambucaba, Tambores de Urucum e Jongo Afrolage. Tia Surica da Portela também é presença confirmada no cortejo. A participação é gratuita e livre para todos os públicos.
Patrimônio imaterial brasileiro
A reforma do imóvel reflete o compromisso da Prefeitura do Rio de promover a salvaguarda do jongo, expressão cultural que integra percussão de tambores e dança de origem africana. Declarado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial brasileiro, o jongo foi determinante para a formação do samba e faz parte da identidade carioca.
“A reabertura da Casa do Jongo da Serrinha devolve ao Rio um espaço de grande importância para a nossa herança civilizatória afro-brasileira. Com novas estruturas, como o estúdio de gravação, renovamos nosso compromisso com a valorização de nossa memória, resistência e aprendizado”, afirma o secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero.
A matriarca e presidente da Casa do Jongo, Deli Monteiro, também comemora a reabertura: “Para a gente é uma maravilha. Esperamos este momento por muito tempo. Quando veio a pandemia, parou tudo. Quando ela acabou, tentamos retomar a rotina, mas a sede estava muito deteriorada. Precisava mesmo da reforma. Estamos muito felizes com a retomada dos trabalhos aqui na sede”.
Entre as intervenções realizadas na Casa do Jongo da Serrinha, estão a substituição de trechos da calha do telhado; a correção de trincas na laje descoberta e no contrapiso; tratamento para conter e evitar infiltrações. A estrutura metálica do telhado, a escada e o guarda corpo foram pintados, bem como paredes e tetos de todo o complexo, com dois mil metros quadrados. Também na obra, o piso de madeira recebeu sinteco e as fachadas passaram por revitalização. Para manter a segurança dos frequentadores, a sinalização de emergência foi implantada e os equipamentos contra incêndio foram renovados.
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