Brasil tem 92 homens para cada 100 mulheres, aponta IBGE

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Levantamento foi feito pela Febraban com 2 mil pessoas - Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

O Brasil tem 92 homens para cada 100 mulheres, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A diferença entre os sexos varia de acordo com a faixa etária e com o Estado.

No Rio de Janeiro, entre pessoas com mais de 60 anos, a proporção cai para 70 homens a cada 100 mulheres. Em São Paulo, na mesma faixa etária, são 77 para 100. O último Censo, realizado em 2022, já havia mostrado um desequilíbrio: a população brasileira contava com 104,5 milhões de mulheres e 98,5 milhões de homens, diferença de aproximadamente seis milhões.

Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

Segundo especialistas, a disparidade é explicada principalmente por dois fatores: as chamadas causas externas – como violência urbana e acidentes graves, que afetam mais os homens e a maior preocupação das mulheres com a saúde, o que contribui para maior longevidade.

A série histórica da PNAD mostra que o fenômeno não é novo. Em 2012, os homens representavam 48,9% da população e as mulheres 51,1%. Essa proporção se manteve estável até 2018. Em 2019, houve pequena variação para 48,8% e 51,2%, respectivamente. Até 2024, os índices permaneceram semelhantes.

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Globalmente, o padrão é de que nasçam mais homens do que mulheres. Por razões biológicas, o número de nascimentos masculinos costuma ser de 3% a 5% superior. No Brasil, essa proporção se confirma até os 24 anos. A partir dessa idade, no entanto, as mulheres passam a ser maioria, reflexo da maior mortalidade masculina entre os jovens adultos.

A expectativa de vida feminina também é consistentemente maior em comparação à masculina. Pesquisas demográficas indicam que mulheres costumam manter hábitos mais saudáveis, buscam atendimento médico com maior frequência e têm menor envolvimento em situações de risco, o que contribui para sua maior longevidade.

O cenário se torna mais evidente com a transição demográfica brasileira, marcada pelo envelhecimento da população e pela redução da taxa de natalidade. A diferença entre homens e mulheres na população idosa tende a se ampliar nas próximas décadas.

Apesar de a tendência se repetir em quase todas as regiões e Estados, o levantamento identificou duas exceções: Tocantins, onde são 105,5 homens para cada 100 mulheres, e Santa Catarina, com proporção próxima do equilíbrio, 100,9 homens para 100 mulheres.

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