No 1º semestre de 2023, Brasil registra maior número feminicídios desde 2019

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De acordo com um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), com base em dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública, o Brasil registrou, entre janeiro e junho deste ano, 722 feminicídios. O documento revela que esse número é o maior já registrado pela série histórica, desde 2019.

Em comparação com os casos dessa natureza registrados no país no primeiro semestre do ano passado, que foram 704 no total, a quantidade de casos de 2023 representa um aumento de 2,6%. O relatório da FBSP, obtido com exclusividade pela GloboNews, aponta que a maior alta foi registrada no Sudeste do país, que passou de 235 casos em 2022, para 273 casos este ano, apresentando um aumento de 16,2%.

O levantamento analisa os casos do primeiro semestre de 2022 e 2023 /Foto: Pexels

Nas outras regiões, foi registrado uma diminuição desse crime. O Norte e o Nordeste apresentaram uma queda de 2,8% e 5,6%, respectivamente. Sobre o aumento na região Sudeste, o estado de São Paulo teve um aumento de 33,7% dos casos de feminicídio, indo de 83 registros em 2022, para 111 casos em 2023, segundo o levantamento do FBSP.

Minas Gerais teve um aumento de 11% (de 82 para 91) e o Espírito Santo de 20% (de 15 para 18 ocorrências registradas), ajudando a região a liderar o ranking. O estado do Rio de Janeiro foi o único do Sudeste, que apresentou queda dos casos, este ano.

O documento pontua que dentre as 27 Unidades da Federação, 14 registraram aumento dos feminicídios no primeiro semestre deste ano; 12 tiveram queda e a Paraíba, registrou uma estabilidade de 17 casos no primeiro semestre dos dois anos. O Distrito Federal tem o maior aumento do país: 250%. Já o Mato Grosso do Sul teve a menor queda: de 61,5% (de 26 para 10 casos).

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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