O candidato derrotado e presidente da República Jair Bolsonaro (PL) incluiu sigilo de 100 anos no cachê do cantor Gusttavo Lima como garoto propaganda da Mega Sena da Virada. Ao todo, a Caixa Econômica Federal disponibilizou mais de R$ 10 milhões para a campanha. A informação foi veiculada pelo Movimento Country nesta terça-feira (6).
Gustavo Lima é um dos sertanejos apoiadores do presidente e amigo íntimo de Renan Bolsonaro, filho “04” do chefe do executivo nacional. Durante o processo eleitoral, o cantor declarou apoio ao então candidato e puxou outros artistas do segmento para o lado do candidato do PL.
Cachês questionados
Gusttavo Lima é investigado por suspeita de cachês superfaturados em eventos de cidades do interior do país. Tudo começou quando o também sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, questionou o cachê da cantora Anitta e disse que não dependia de leis de incentivo à Cultura.
Porém, alguns dias depois, usuários mostraram que o cantor teria recebido R$ 400 mil da prefeitura de Sorriso – dinheiro público – pelo show realizado na 33ª Exporriso. No caso de Gusttavo Lima, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) abriu uma investigação sobre a contratação do cantor na cidade de São Luiz (RR), com cachê fixado em R$ 800 mil e um contrato de R$ 1,2 milhão ser cancelado pela prefeitura de Conceição do Mato Dentro (MG).
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Em nota, a Caixa Econômica Federal disse que “o contrato de direito de uso de imagem prevê o caráter sigiloso do valor do cachê”. O banco explicou ainda que a decisão é respaldada “juridicamente em virtude do interesse estratégico relacionado à campanha publicitária realizada”.
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