Instituições de ensino federais sem luz, com contas atrasadas, sem ‘bandeijão’ ou até mesmo fechadas. Isso é o que pode acontecer com diversas universidades, escolas e colégios federais em todo o Brasil devido ao bloqueio no orçamento do Ministério da Educação de cerca de R$ 3 bilhões, de acordo com cálculos feitos pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal.
O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), negou que haja corte de verbas destinadas para a Educação. Bolsonaro explicou o corte como uma “pequena parcela” que foi “adiada”.
“Não é corte, chama-se contingenciamento. O que foi adiado é uma pequena parcela. O orçamento para Educação é quase R$ 1 bilhão, superou o do ano passado“, afirmou Bolsonaro nesta quinta-feira (06).
Após relutar para divulgar o valor exato deste corte, o Ministério da Economia comunicou nesta quinta-feira (06) ter bloqueado R$ 1,3 bilhão do MEC. Valor bem menor do que o calculado pelo IFI e pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que contabiliza um corte de R$ 2,4 bilhões.
O MEC (Ministério da Educação) prevê para 2023 um orçamento com R$ 300 milhões a menos em relação ao dinheiro disponibilizado neste ano para os institutos federais.
Depois do Ministério da Economia, a pasta mais afetada é o Ministério de Ciência e Tecnologia, cuja verba para pesquisas segue bloqueada em R$ 1,722 bilhão.
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Educação: estudantes marcam para dia 18 ato unificado em protesto
A União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) anunciaram ato unificado das universidades brasileiras contra os cortes governamentais no Ministério da Educação para o próximo 18 de outubro.
Além dos atos, entre 10 e 17 de outubro acontecerão plenárias nas universidades e institutos federais.
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