PF diz que Bolsonaro aguardaria golpe morando nos Estados Unidos

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Ex-presidente Bolsonaro viajou no fim do mandato para a Flórida e transferiu recursos para se manter no EUA

Em dezembro de 2022, antes de viajar para os Estados Unidos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma transferência de R$ 800 mil para um banco norte-americano onde o ex-presidente possui conta. Segundo a Polícia Federal (PF), Bolsonaro aguardaria nos Estados Unidos os desdobramentos da tentativa de golpe de Estado no Brasil. O passaporte do ex-presidente foi apreendido na Operação Tempus Veritatis, realizada no dia 8 de fevereiro.

Sobre a transferência a PF chegou a seguinte conclusão:

Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência do exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de golpe de Estado que estava em andamento.”

Os investigados, de acordo com a PF, “tinham a expectativa de que ainda havia possibilidade de consumação do golpe de Estado” e estavam cientes dos atos ilícitos cometidos.

Ex-presidente viajou no fim do mandato para a Flórida e transferiu recursos para se bancar no exterior, segundo investigação

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Alguns investigados se evadiram do País, retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras nacionais, transferindo-os para os EUA, para se resguardarem de eventual persecução penal instaurada para apurar os ilícitos”. A persecução penal, no caso, seria para apurar o envolvimento na tentativa de ruptura do Estado de Direito, visto que “tinham a expectativa de que ainda havia possibilidade de consumação do golpe de Estado”, aponta o documento.

Após a transferência internacional, Bolsonaro com saldo negativo no banco, conforme aponta a quebra de sigilo bancário feita pela PF. O ex-presidente ficou com saldo no vermelho em sua poupança no valor de R$ 111 mil e cobriu o rombo com recursos retirados por ele de um fundo de investimentos, o documento da PF não diz quanto o ex-presidente mantinha nesse fundo.

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