Gamboa recebe o 1º Encontro Nacional de Povos de Terreiro

ATABLOCO-2.jpg

{"key":"v2"}

A Pequena África, na Gamboa, uma das regiões mais importantes e simbólicas para a população negra e para os povos de terreiro, do Rio de Janeiro, receberá o 1º Encontro Nacional de Povos de Terreiro – O grito dos tambores ancestrais, entre os dias 24 e 26 de novembro.

O evento é totalmente gratuito, será realizado no Centro Cultural da UNICA (União Umbandista, Luz, Caridade e Amor) e no Sacadura 154, e terá atrações como shows, rodas de conversa, palestras, oficinas, feira de artesanato, gastronomia, dentre outras atividades.

O Festival de Curimba é uma das atrações do evento – Foto: Divulgação

As atrações vão de Xirê de Candombléa Festa de Curimba, passando pelas  palestras sobre Curimbó, Comidas de Santo e a Consciência Negra. Segundo Mãe Sara, uma das organizadoras do evento, os tambores são parte integrantes do processo de contato com a ancestralidade.

“E ele continua comunicando e sendo um elo com a nossa ancestralidade. Acordei com tudo formado na cabeça, tenho ideias de encontros o tempo todo. Realizar um evento como este é uma maneira de enfrentar o racismo, a intolerância religiosa, de movimentar e dar visibilidade às nossas causas e à cultura do nosso sagrado. Então, o evento surge dessa necessidade de integrar os povos de terreiro de várias matrizes e através do que há em comum: os tambores”, sintetiza a Ialorixá que organizou a programação junto a Leandro Bacellar e Ramon Alcântara, produtores do Encontro.

Ressoando mundo afora há milênios, o tambor será contemplado, dentro do evento, em sua diversidade. “Nossa programação procurou inserir uma diversidade de tambores e de musicalidades a partir do instrumento ancestral que une todas essas matrizes. Temos na programação terreiros e identidades de várias matrizes: temos IndígenasTambor de Mina, terreiros de Umbanda e Candomblé e o Festival de Curimba, que teve as inscrições divulgadas para qualquer terreiro que estivesse disposto a apresentar seus pontos, sem distinção”, atesta Leandro Bacellar, reiterando a abrangência do evento.

Apesar de ser o primeiro evento cultural oficial da UNICA, o centro cultural da UNICA já realiza há sete anos um movimento independente de atividades culturais no local.

“A UNICA é uma associação religiosa e cultural sem fins lucrativos e mantém, além das giras de Umbanda, ações que procuram impacto e desenvolvimento social, humano e cultural. Fazemos captação de alimentos perecíveis e doação de cestas básicas para famílias em vulnerabilidade alimentar. Oferecemos atendimento jurídico e psicológico, cursos de teatro, violão, atabaque, jiu-jitsu, canto, capelania civil. Temos o Centro de Cultura Única, com venda de produtos artesanais, bazar de livros e de roupas, além de palestras, oficinas e atividades culturais, como shows, peças de teatro e eventos com temática de terreiro”, considera Leandro.

Cada vez mais presente no calendário nacional, a celebração pelo 20 de novembro ao longo do mês em virtude do Dia da Consciência Negra é o motivo do evento.

Leia também: Série especial do programa ‘Encontro’ resgata e valoriza a história de lugares e pessoas negras

“Com sangue preto se formaram as cidades, então exaltamos e celebramos os que vieram antes, pois graças a eles estamos aqui. Hoje conseguimos alguma voz para bradar pelos espaços e pelo direito de exercer a nossa espiritualidade, a nossa identidade, nossa força ancestral. É imprescindível que todos possam entender as nossas cantigas, danças e expressão. E o tambor é capaz disso, é comunicação ancestral. Esta data é um marco, ela nos ajuda com o nosso compromisso pela luta e pela resistência, mas a consciência negra deve ser diária”, finaliza Mãe Sara.

Para ter acesso a toda programação do final de semana, acesse o perfil do Instagram da UNICA.

Serviço:

Entrada Gratuita

Endereços dos Espaços:

Atividades Formativas:  Centro Cultura Única – Rua Sacadura Cabral, 109 – Saúde

Atividades Culturais: Sacadura 154 – Rua Sacadura Cabral, 154 –  Saúde

Deixe uma resposta

scroll to top