Estudo realizado pelo Cebrap aponta que existem 2,2 milhões de pessoas na atividade no Brasil. Rendimento líquido desses profissionais é superior à média nacional de profissionais com ensino médio.
O Brasil registrou um salto de 35% nos trabalhadores de aplicativo, há atualmente 2,2 milhões de motoristas e entregadores atuando por meio de aplicativos no Brasil. A informação vem da pesquisa “Mobilidade urbana e logística de entregas: Painel de acompanhamento dos motoristas e entregadores parceiros (2ª onda)” divulgada na última terça-feira (25). São 1.721.614 motoristas e 455.621 entregadores. Os dados são da Cebrap (Centro Brasileiro de Análise de Planejamento)
O estudo também revela que a renda líquida média dos motoristas por apps em 2024 variam entre R$ 3.083 a R$ 4.400 por mês para quem dirige 40 horas semanais. No caso dos entregadores a renda líquida mensal ficou entre R$ 2.669 e R$ 3.581, valores superiores à média nacional de profissionais com ensino médio.
Em relação à jornada de trabalho, a pesquisa revela que os motoristas atuam em média 19 e 27 horas semanais nos aplicativos, e os entregadores uma média de 9 e 13 horas semanais. Ambos os casos a variação corresponde o mês e estimativas de tempo de espera entre viagens/pedidos.

Foto: Rovena Rosa – Agência Brasil.
O estudo também mostra que mais de 80% dos motoristas não pensam em deixar de trabalhar com os aplicativos. Isso porque 63% deles não estão procurando outra atividade e quase 20% estão fazendo isso sem a intenção de deixar o trabalho com as plataformas. Para 58% dos motoristas essa é a única atividade remunerada.
Quando perguntados quais motivos faz com que mantém a atividade, 43% dos motoristas revelam melhores ganhos e 27% a autonomia e flexibilidade.
Mudança na legislação
A Ecoa Consultoria Econômica desenvolveu um estudo para projetar os efeitos de uma possível mudança na legislação atual da atividade, segundo a pesquisa se as plataformas adotassem o regime CLT as empresas teriam aumento de custos e os preços das corridas subiriam, dessa maneira as oportunidades iriam reduzir em 52%. O aumento de elevaria o preço médio das viagens para o consumidor em 34%, e das entregas em 26%.
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