De hoje até o próximo dia 21 de março, acontece a principal reunião de cooperação mundial de cultura, no International Theatre Institute, instituto financiado pela Unesco e mais 10 órgãos internacionais, em Dubai e Al Fujairah, e o Brasil é representado pelo ator, diretor teatral e produtor cultural, Jeff Fagundes.
O objetivo do encontro é reunir lideranças regionais do instituto que abre as portas para atuação do brasileiro e, que defende, a pauta de maior investimento internacional para a educação e formação artística para jovens mundialmente e, principalmente, no país. “O artista não deve estar presente apenas no palco, mas fazer seu papel na sociedade. Ter 10 anos de carreira como ator, diretor e ainda fazer articulação nacional e internacional para facilitar mais produções artísticas e teatrais no mundo, não seria possível sem investimento, visibilidade e suporte de grandes ONGs e instituições”, ressaltou.
Leia também: Francis Kéré é o vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura 2022
Mais que um artista, Jeff conhece bem as mazelas que um corpo negro carrega pelos ares, principalmente, no mundo das artes. “Dividir esse espaço e dar mais oportunidades é um dos caminhos principais para entender que não há desenvolvimento social, sem um cenário cultural sólido, formando e reconhecendo artistas como trabalhadores essenciais para a humanidade”, pontua.
Quem é Jeff
Além da articulação cultural, Jeff, já participou de vários trabalhos teatrais atuando ou dirigindo, estreia em 2022 dois curta-metragens, do diretor francês Pierre Von Pedro, que já circulou em festivais no mundo todo, em especial o festival Nikon; e estará em cartaz com a Confraria do Impossível, grupo dirigido por André Lemos, primeiro diretor negro a ser laureado pelo prêmio Shell. Além disso, já realizou o primeiro festival de intercâmbio teatral no Rio de Janeiro (NEAPFEST) que contou com artistas de três continentes. O artista também já foi indicado a dois prêmios, participou também de turnês na América Latina e em países africanos, onde se apresentou como ator e diretor, deu workshops e integrou debates.
É graduado em atuação cênica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, onde atualmente é mestrando em artes da cena e negritude. Membro do conselho internacional do Museu de herança Pan Africana no Gana, tem trabalhos teatrais e audiovisuais marcantes direcionados aos benefícios do teatro à saúde mental da população negra, preservação da cultura afro diaspórica, além de um programa de entrevistas com essa temática, onde já entrevistou nomes como Hilton Cobra, Zezé Motta, Sol Miranda e Rodrigo França.