A Viradouro vai fechar o desfile das escolas de samba, ao ser a última a desfilar na segunda-feira de carnaval (12). A agremiação de Niteró, no Rio, levará para avenida o enredo afro “Arroboboi, Dangbé”, que abordará o processo de construção de parte dos terreiros de candomblé no Brasil, o culto à cobra sagrada.
A agremiação também vai contar a história de mulheres africanas, guerreiras e atuantes na vida cotidiana da Costa da Mina. “As guerreiras Mino, as mulheres mais temidas do mundo, eram esposas e guardiãs do palácio do Rei do Daomé, além de audazes caçadoras de elefantes, cujos marfins eram utilizados como matéria-prima em cerimônias oficiais e religiosas”, diz trecho da sinopse.
Além disso vai abordar a herança dos Voduns (divindades de Jeje) na Bahia, Ludovina Pessoa, que fundou três terreiros de Jeje na Bahia, será homenageada no enredo. “Tornou-se o pilar de terreiros consagrados aos voduns, entre eles o Seja Hundé, na cidade de Cachoeira de São Félix, no Recôncavo Baiano, e o terreiro de Bogum, erguido no coração de Salvador”, diz a sinopse.
A Viradouro foi campeã pela primeira vez em 1997 com o enredo “Trevas! Luz! A explosão do universo”, e na época Joãozinho trinta era o carnavalesco e Dominguinhos do Estácio era o intérprete oficial da escola. Em 2020, com o enredo “Viradouro de Alma Lavada”, a escola se consagrou novamente campeã do grupo especial do carnaval do Rio de Janeiro.
A escola trará um elenco renomado no carnaval de 2024: mestre Ciça comandará a bateria da escola, Wander Pires será o intérprete oficial, Julinho e Ruth serão o casal de mestre sala e porta bandeira, e Tarcísio Zanon é o carnavalesco da vermelha e branca de Niterói.
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