Quatro trabalhadores argentinos foram localizados em situação análoga à escravidão em Nova Petrópolis, região da Serra Gaúcha (RS). A ação da Polícia Federal (PF) foi realizada no último sábado (1º) e um desses trabalhadores é um adolescente de 14 anos.
Segundo a PF, os resgatados trabalhavam em uma propriedade rural, no corte de eucaliptos para a produção de lenha. A descoberta do caso se deu quando dois trabalhadores foram abandonados em uma estrada pelos empregadores e procuraram um batalhão da Polícia Militar em Bom Princípio (RS), a 40 quilômetros de Nova Petrópolis.
De acordo com informações do Ministério Público do Trabalho (MPT), dois trabalhadores chegaram em Nova Petrópolis em agosto do ano passado e os outros dois, pai e o filho de 14 anos, chegaram no início de março deste ano.
Aos agentes da PF e do Ministério Público, as vítimas disseram que receberiam pelo serviço prestado após a execução, mas até o momento não haviam recebido nenhum valor pela função de lenhadores e que apenas repasses para alimentação eram realizados.
“Foi uma situação bem ruim porque na verdade eles não tinham alojamento, eles estavam acampados. Era uma barraca de lona, sem água potável, sem banheiro, sem cozinha. Comida eles faziam em uma chapa em cima de umas pedras. Mínimas condições, nada adequado. Ficou completamente caracterizada essa condição degradante do trabalho pelo próprio local onde eles viviam enquanto trabalhavam”, relata Vanius Corte, gerente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) da Serra.
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Ainda de acordo com Corte, os trabalhadores são do Norte da Argentina e entraram ilegalmente no Brasil e vão precisar retornar ao país de origem e o MTE está em contato com o governo Argentino para viabilizar o retorno.
De acordo com a Polícia Federal, um homem, que estava responsável pelas atividades, foi preso em flagrante por redução à condição análoga à de escravo. Ele não teve o nome divulgado e foi conduzido para a sede da Polícia Federal em Caxias do Sul e encaminhado ao sistema penitenciário.
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