A mulheres são maioria entre as pessoas com titulo de mestrado e doutorado no Brasil, porém ainda recebem menos que os homens em 79 das 81 áreas de conhecimento. Os dados são da série “Brasil: mestres e doutores”, realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e divulgado na terça-feira (04).
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A apresentação dos dados foi feita no canal do YouTube do CGEE, que é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI). Segundo o estudo, as mulheres passaram a ser maioria entre os mestres em 1997, já entre os doutores elas viraram maioria em 2003.
Em comparação com os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil se destacou com 55,6% de participação de mulheres com titulo de mestrado e doutorado. A participação feminina foi minoritária entre os doutores em grandes países. “Nesse indicador, o Brasil mostra-se mais progressista, situando-se à frente de nações como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha”, afirma a líder do projeto pelo CGEE, Sofia Daher.
De acordo com a pesquisa, de 2009 a 2021 não teve grande redução da disparidade dos salários entre homens e mulheres com título de mestrado. Em 2021, segundo dados do governo, a remuneração média de mulheres com mestrado foi de R$10 mil. Em 2009 as mulheres ganhavam 28,1% menos do que os homens, e em 2021 a diferença caiu para 26,7%
No caso dos titulados em cursos de doutorado, a remuneração média das mulheres foi de R$ 14,8 mil em 2009, quando elas recebiam uma remuneração 15% menor do que os homens doutores. No ano de 2021, tal diferença havia aumentado para 16,4%.
“Essa realidade se reflete até mesmo nas áreas do conhecimento onde há uma boa representatividade feminina, como no doutorado em direito, onde elas ganham 77% da remuneração dos homens”, destaca.
Confira a apresentação dos dados do estudo.
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