Cerca de 300 embarcações utilizadas para garimpo, estão nas margens do Rio Madeira, próximo à comunidade de Rosário, no município de Autazes, Manaus (AM). A denuncia foi feita pela ONG Greenpeace e, segundo Danicley Aguiar, membro do movimento ambiental, os barcos e balsas chegaram ao local nos últimos 15 dias. A aparição repentina e em grande quantidade, foi devido à informação de que na localidade há minério nobre.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), por meio de nota ao G1, informou que será feito uma apuração da real situação e toda atividade de mineração no local é ilegal. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) explicou que teve ciência do caso na última terça-feira (23) e está em contato com o Ipaam para coordenar e realizar as operações cabíveis.
O Ministério Público Federal (MPF) cobrou ações dos órgãos responsáveis e deu o prazo de 30 dias para a interrupção das atividades e, se necessário, a destruição dos equipamentos. A Polícia Federal informou está em contato com o Ipaam e Ibama para estabelecer o que pode ser feito na solução e suspensão dos danos ambientais.
As embarcações assustou moradores
A presença repentina das balsas e barcos assustou os moradores. O Rio Madeira é utilizado pelos membros das comunidades do entorno para ir até a capital do Estado. Entretanto, devido ao alto número de embarcações, a passagem está praticamente tomada.
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Os moradores têm a BR-319 como opção de trajeto, mas a estrada é famosa pela falta de manutenção e má qualidade, e também o percurso é mais longo do que pela água. Além do garimpo ilegal, segundo o Ipaam, outros crimes podem está acontecendo no local, como mão de obra escrava, tráfico, contrabando e problemas com a capitania dos portos.