A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientou nesta sexta-feira (14) que, com a atualização frequente da lista de pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos que foram autorizadas a retornar ao mercado, os consumidores consultem a relação completa das marcas no portal da agência antes de utilizarem ou comprarem algum produto.
O órgão destacou que a constante modificação da lista tem relação com o avanço das investigações e que a consulta é importante, pois a depender das deliberações, podem ser incluídos novos produtos na lista ou retirados, se não atenderem mais aos requisitos para exposição ao uso pela população. Além disso, é recomendado que seja conferido não só o nome do produto, mas também o CNPJ da marca para evitar confusões.
A Anvisa também indica que o consumidor preste atenção no número do processo de regularização da marca em questão, que sempre começa com os seguintes números: 25351. Eles são encontrados no rótulo do produto. A lista completa pode ser encontrada no clicando aqui.
No comunicado, a agência informou que a investigação sanitária continua, com análises laboratoriais dos produtos, avaliação de processos de fabricação, inspeção aos fabricantes, adoção de medidas regulatórias específicas, acompanhamento das notificações de eventos adversos relacionados às pomadas capilares e outras resoluções.
Em caso de dúvidas, a Anvisa disponibiliza uma série de canais de comunicação com a população:
- Por telefone: o número 0800 642 9782 está disponível de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h30, exceto feriados.
- Pessoalmente, pelo Serviço de Informação ao Cidadão da Anvisa, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no Trecho 5 do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) – Área Especial 57 – Brasília – DF.
- Pelo web chat: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/canais_atendimento/webchat
- Pelo formulário eletrônico do Fale Conosco: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/canais_atendimento/formulario-eletronico
Reunião com teor racista
Após a Anvisa decidir suspender a comercialização de todas as marcas nacionais e importadas que eram vendidas no país, por precaução, diante do aumento de relatos de queimaduras nos olhos depois de entrar na piscina ou após tomar chuva, fazendo com que a pomada entrasse em contato com as vistas, uma reunião foi feita com as marcas.
Na época, por meio de um comunicado, a agência relatou que alguns representantes dos fabricantes presentes disseram que os problemas relatados seriam “restritos ao uso para trançar cabelos e a suposta prática dos usuários de não lavar os cabelos trançados por diversos dias”. A Anvisa se pronunciou sobre o caso.
Em nota, o órgão afirmou que não existem informações que relacionem os efeitos colaterais a uma forma específica de uso, sendo o foco da investigação a fórmula usadas pelos fabricantes em cada marca. Também foi informado que durante a reunião, foi sugerido por parte de alguns representantes que as pomadas fossem proibidas apenas para fazer tranças.
“Tais declarações levantaram questionamentos sobre eventual aspecto discriminatório e racista contido em tais falas”, disse a agência após o encontro, que acrescentou se posicionando contra qualquer forma de discriminação.
