Anistia Internacional condena mortes em ações policiais na Bahia

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Em nota pública divulgada nesta quarta-feira (27) a Anistia Internacional condenou as ações policiais no estado da Bahia, que em dois meses deixaram 86 vítimas, conforme um levantamento feito pela organização. A Anistia afirmou que “a ‘guerra às drogas’ e o ‘combate ao crime organizado’ não podem ser usados como justificativa para graves violações de direitos humanos por parte do Estado”.

Apenas em setembro, a organização que atua na defesa dos direitos humanos, registrou 52 mortes. De 06 a 27 de setembro, cerca de 10 operações policiais foram realizadas no estado, terminando com mortes. A Anistia pediu, em nota, pela responsabilização dos envolvidos.

A Anistia Internacional Brasil exige a ação contundente das autoridades em âmbito estadual e federal, para responsabilização de todos os envolvidos nas ações que levaram a essas mortes, incluindo cadeias de comando. Para isso devem ser instauradas investigações céleres, imparciais e efetivas, os agentes que tiveram participação direta devem ser afastados e as armas utilizadas acauteladas”, diz a nota que cita as Polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária.

A onda de violência no estado não para. Nesta quarta-feira (27), mais duas mortes foram registradas em uma ação da polícia em Lauro de Freitas, município da Região Metropolitana de Salvador, no Litoral Norte do estado.

Após o governador Jerônimo Rodrigues (PT) ir a Brasília esta semana, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), anunciou que irá enviar uma equipe da pasta para a Bahia, nos próximos dias, para estabelecer ações de combate a criminalidade no estado.

Leia também: Sobe para 50 o número de mortos em ações da polícia na Bahia, em setembro

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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