De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o estado do Amapá registrou um crescimento de 161% no número de focos de incêndio florestal no espaço de uma semana. O período crítico, associado a uma forte estiagem, ocorreu entre os dias 22 e 28 de setembro, quando comparado à semana anterior, de 15 a 21 do mesmo mês. Diante da situação, o estado foi colocado em alerta amarelo.
Em entrevista ao G1, Bernardino Nogueira, superintendente do Ibama, ressaltou a importância do alerta para o planejamento das ações. “Com isso, conseguimos nos organizar melhor e unir forças para combater os incêndios”, explicou. Nogueira também destacou a entrada da capital Macapá na lista de áreas críticas. “Todos os anos há incêndios em áreas como Tartarugalzinho, Amapá e Calçoene. Mas nesta semana, Macapá também registrou muitos focos”, afirmou ao G1.
O trabalho de combate às chamas é realizado de forma integrada. O Corpo de Bombeiros atua no perímetro urbano e nas rodovias, enquanto as equipes do Prevfogo, do Ibama, focam suas operações em zonas rurais e áreas de floresta. A atuação ocorre em diversos municípios considerados vulneráveis, como Macapá, Tartarugalzinho, Amapá, Calçoene, Serra do Navio e Mazagão.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta amarelo para risco de queimadas em várias regiões do país, condição potencializada pela baixa umidade do ar e pela vegetação seca, particularmente em cidades como Oiapoque, Serra do Navio e Tartarugalzinho.

Apesar do pico recente, o balanço geral do ano no Amapá é positivo. Em 2025, o estado acumula uma redução de 52% nos focos de incêndio na comparação com todo o ano de 2024. Esse resultado é creditado à Operação Amapá Verde, que reforçou as estratégias de prevenção e combate ao fogo. Inicialmente com oito bases, a operação foi ampliada para 13 a partir de 21 de setembro, abrindo novas unidades em Vitória do Jari, Serra do Navio, Porto Grande, Oiapoque e Calçoene.
O efetivo de militares saltou de 40 para aproximadamente 70, com cada base contando com cinco bombeiros e equipamentos próprios. A força-tarefa já realizou mais de 70 ações de combate direto, sendo o município de Tartarugalzinho o mais afetado pelos incêndios.
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