Os aluguéis registram aumento de 1,25% enquanto a média da inflação teve aumento de 0,43% no mês de abril deste ano. Os aluguéis foram medidos com base no índice FipeZAP de Locação Residencial e a inflação é baseada no seu principal indicador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com esse resultado, o custo de alugar um imóvel subiu em um ritmo quase três vezes maior do que o avanço dos preços médios da economia.
No acumulado de 2025, os aluguéis já apresentam alta de 4,51%, enquanto o IPCA soma 2,48% no mesmo intervalo. Em 12 meses, a diferença se acentua: a locação residencial cresceu 12,77%, frente a uma inflação oficial de 5,53%.
A pesquisa do FipeZAP inclui dados de 36 cidades brasileiras, sendo 22 capitais. Em abril, 34 delas registraram valorização nos preços de locação. Entre os maiores aumentos mensais estão Aracaju (2,84%), Teresina (2,46%) e Cuiabá (2,40%).

O preço médio do aluguel residencial no Brasil foi de R$ 48,66 por metro quadrado. São Paulo permanece como a cidade com valor mais alto (R$ 60,45/m²), seguida por Belém (R$ 58,20/m²) e Recife (R$ 57,74/m²).
Em entrevista a CNN, a economista Paula Reis, do DataZAP, a pressão sobre os preços pode ser explicada pela recuperação do mercado de trabalho — com o desemprego em queda — e pela desaceleração no mercado de vendas, impactado pelo crédito mais caro e pela redução da poupança disponível.
Com esse cenário, a tendência é que os aluguéis continuem se valorizando em ritmo superior ao da inflação nos próximos meses, revertendo o movimento de desaceleração observado ao longo de 2024.
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