Há sete anos o babalorixá, Wagner de Osogiyan realiza ações de combate a fome, prinecipalmente durante as festas de final de ano. O líder religioso é Olorí Egbe (líder espiritual) do barracão, Yle Oba Lade Inan, situado em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Além do combate a intolerância religiosa, o terreiro é organizado politicamente para combater a fome, não só no natal, mas durante o ano inteiro.
Para Wagner, o papel de um terreiro é fundamental para o cuidado da comunidade e não só da egbe (comunidade) religiosa, mas todos do bairro, da cidade. “A alimentação é central não só na visão, mas na prática dos povos de axé. Eu não fico tranquilo sabendo que pessoas que moram na minha rua ou irmãos de outras regiões estão passando por situação de vulnerabilidade”, argumenta.
Segundo Wagner, o terreiro pratica a valorização afro brasileira e busca direitos sociais. Sua casa faz parte do projeto “Plantando Saúde” da Fiocruz que visa o bem estar das comunidades de forma integral, com garantia de alimentação e saudável.
“Acreditamos na presença viva dos orixás, não só pedimos forças, mas agimos e lutando todos os dias por dignidade, paz e garantia plena de direitos para nossas crianças, mais velhos e idosos”, exclama.
Ele também faz parte de uma rede de zeladores da Baixada Fluminense, o “Movimenta Axé”, que se junta uma vez por mês para realizar entrega de quentinhas na praça principal para moradores em situação de rua.
“Atualmente, não temos recebido doações permanentes, contamos com o apoio. Geralmente doamos frangos ofertados ao Sagrado e filhos das casas costumam comprar arroz, feijão, macarrão para montagem das quentinhas”, explica.
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