Aliko Dangote é o africano mais rico do mundo com fortuna que supera US$ 25 bilhões

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O empresário nigeriano Aliko Dangote, considerado em 2025 o homem mais rico da África, acumula uma fortuna estimada em mais de US$ 25 bilhões, segundo a Forbes. Sua trajetória é símbolo do potencial econômico do continente africano e da ascensão de lideranças negras que estão moldando um novo cenário de poder e influência global.

Nascido em Kano, Nigéria, em 1957, Dangote começou pequeno: ainda jovem, vendia doces e mercadorias locais. Em 1977, fundou a Dangote Group com um empréstimo familiar e, ao longo das décadas, transformou o negócio em um império industrial. Hoje, o conglomerado atua em setores estratégicos, cimento, açúcar, sal, farinha, fertilizantes e petróleo e é responsável por milhares de empregos em todo o continente. Mais do que acumular riqueza, Dangote se tornou símbolo de liderança africana e desenvolvimento sustentável, com a Dangote Foundation financiando projetos em educação, saúde e combate à pobreza.

A história de Dangote dialoga com a de outras figuras negras que estão reconfigurando o mapa da riqueza global. Entre elas, destaca-se o também nigeriano Abdul Samad Rabiu, fundador do BUA Group, cuja fortuna ultrapassa US$ 8 bilhões e tem forte presença nos setores de cimento, açúcar e alimentos, segmentos similares aos explorados por Dangote, mas com uma visão voltada à inovação e sustentabilidade.

Na esfera global, nomes como Robert F. Smith, dos Estados Unidos, e Oprah Winfrey mostram que o sucesso negro não está restrito à África. Smith, fundador da Vista Equity Partners, é considerado o homem negro mais rico dos Estados Unidos, com fortuna estimada em mais de US$ 9 bilhões. Já Oprah consolidou um império de mídia e se tornou a primeira mulher negra bilionária do mundo, símbolo de uma geração que transformou visibilidade em influência econômica e social.

Outro nome de destaque é Michael Jordan, cuja fortuna de US$ 3,2 bilhões o coloca entre os esportistas mais ricos da história, uma conquista que representa não apenas sucesso individual, mas o poder de redefinir narrativas em setores historicamente dominados por pessoas brancas.

A importância de visibilizar o sucesso negro

Apesar dos avanços, pessoas negras ainda representam uma minoria entre os bilionários globais — menos de 1% do total segundo dados da Forbes 2025. Essa disparidade reforça o peso simbólico de trajetórias como a de Dangote e outros empreendedores africanos e afrodescendentes, que se tornaram referências de prosperidade em contextos historicamente marcados por desigualdade racial.

Especialistas apontam que o fortalecimento de ecossistemas econômicos negros, especialmente no continente africano e na diáspora, é essencial para equilibrar a balança do poder global. “A ascensão de empresários negros como Dangote e Rabiu representa mais do que sucesso individual: é um movimento de reparação e reconstrução econômica de um povo historicamente excluído das estruturas de riqueza”, analisa a economista e ativista nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, atual diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Jaice Balduino

Jaice Balduino

Jaice Balduino é jornalista e especialista em Comunicação Digital, com experiência em redação SEO, assessoria de imprensa e estratégias de conteúdo para setores como tecnologia, educação, beleza, impacto social e diversidade. Mineira e uma das mentoradas selecionada por Rachel Maia em 2021. Acredita no poder da colaboração e da inovação para transformar narrativas e impulsionar negócios com excelência

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