“Ainda estou processando tudo”, diz Jota.pê sobre vencer três categorias do Grammy Latino

Jota.Pê

O cantor e compositor Jota.Pê viveu o momento mais especial de sua carreira em novembro deste ano, ao levar três estatuetas do Grammy Latino para casa. Aos 31 anos, o artista venceu em todas as categorias em que foi indicado: Melhor Canção em Língua Portuguesa por “Ouro Marrom”, Melhor Engenharia de Som e Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira com seu LP “Se Meu Peito Fosse Mundo”.

Foi realmente inusitado, eu não esperava, de verdade. Ainda estou processando tudo, mas foi muito emocionante coroar um trabalho feito com tanto carinho por uma equipe tão maravilhosa“, compartilhou o artista de Osasco, São Paulo, em entrevista ao Notícia Preta.

Jota.Pê
Jota.Pê tem 31 anos e é original de Osasco (SP) – Foto: Reprodução/Grammy Latino

Quase uma década entre os dois álbuns

A trajetória de Jota.Pê reflete maturidade e dedicação. Desde o lançamento de seu primeiro álbum, “Crônicas de um Sonhador”, em 2015, até o aclamado “Se Meu Peito Fosse Mundo”, o cantor enfrentou uma jornada de autodescoberta e evolução enquanto artista.

O meu primeiro disco eu fiz meio com medo, não querendo opinar muito, porque eu achava que não entendia nada de produção, eu não entendia mesmo a produção de disco […] E quando o disco ficou pronto eu percebi que era um disco que eu até gosto, que eu gostava, mas que não tinha muito a ver comigo, mas eu não sabia que tipo de artista eu queria ser, como eu gostaria que fosse o meu som“, revelou o artista.

Ao longo de quase uma década de pesquisa e experimentação, que Jota.Pê afirma ter encontrado sua essência musical, e que seu último álbum retrata de forma mais completa sua persona musical.

Passei esses quase 10 anos entre um disco e outro pesquisando e testando coisas até me achar. E acho que “Se Meu Peito Fosse o Mundo” é o disco que representa essa fotografia do meu momento artístico atual“, afirmou sobre o álbum premiado em três categorias do Grammy Latino.

Conexões marcantes na música

Além das conquistas no Grammy, o cantor destaca momentos especiais de sua carreira que envolvem interações com ídolos.

Eu pude abrir o show da Vanessa da Mata esse ano, eu cantei com a Mayra Andrade esse ano, cantei com o Chico César esse ano. O Lenine foi assistir meu show e veio falar comigo depois, todo encantado com o show“, disse Jota.Pê.

Lisboa no coração

Nas turnês internacionais, Lisboa ocupa um lugar especial no coração de Jota.Pê. Foi lá que ele realizou seu primeiro show solo fora do Brasil, para mais de mil pessoas. Além de algumas interações artísticas marcantes.

Eu toquei para mais de mil pessoas lá, sozinho, morrendo de medo, e aí todo mundo cantando junto, no final do show, batendo palma, de pé, assim, então foi muito especial. Lá também foi onde eu pude conhecer um pouco mais de perto artistas que eu admiro muito, fui jantar e dei rolê com a Mayra Andrade, compus uma música com o Dino de Santiago e a Soluna“, declarou.

O futuro: pausas e novos horizontes

Em entrevista ao portal GLOBO, logo após a consagração no Grammy, Jota.Pê anunciou que 2025 será um ano sem lançamentos de discos. Ele planeja focar em colaborações e músicas avulsas. Para o cantor, o tempo é essencial na criação de projetos consistentes.

Eu acho que é essencial ter tempo para fazer as coisas […] me lembro que eu comecei a montar a playlist de referência para esse disco três anos atrás. Então foram três anos de pesquisa, entendendo o que servia para o meu som […] não tem segredo, sem tempo não se faz bons trabalhos“, explicou.

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Emive Ferreira

Emive Ferreira

Estudante de jornalismo de 20 anos, criado na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, apaixonado por esportes e hip hop.

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