‘Coleção ‘Abadá’ celebra os afroblocos e valoriza seu papel na origem do Carnaval brasileiro

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Com o objetivo de ampliar o apoio ao afroempreendedorismo, a Feira Preta lança, em parceria com o Mercado Livre, a ‘Coleção Abadá’, inspirada nos afroblocos que carregam a história do Carnaval brasileiro. A plataforma convidou três criadores negros, que fazem parte da feira, para desenvolverem peças que resgatam a origem do abadá e que valorizam a ancestralidade da cultura preta na maior festa popular do Brasil.

As peças das três linhas que formam essa coleção cápsula estarão disponíveis na loja da Feira Preta no Mercado Livre, cujas vendas serão revertidas para as próprias marcas e para o Instituto Feira Preta, que há anos apoia o afroempreendedorismo e seu lugar de potência na América Latina.

Foto: Divulgação/Mercado Livre e Feira Preta

Ao ouvir a sua comunidade negra, formada por colaboradores e parceiros relevantes como a Feira Preta, o Mercado Livre identificou a oportunidade de iniciar um diálogo sobre a origem do carnaval e o papel do empreendedorismo e dos afroblocos nesta que é uma das maiores festas brasileiras.

Para isso, contou ainda com a ajuda de pesquisadores para identificar e celebrar a origem e símbolos dessa cultura através da moda. Elemento central dessa narrativa e que dá nome à coleção, o abadá foi resgatado pelas marcas Nazura Art, Casa Cléo, e Studio Aurum, que criaram nove peças inspiradas em importantes afroblocos nacionais.

Além disso, ao reconhecer o papel fundamental que esses blocos desempenham nesta grande festa e na resistência da cultura preta em um carnaval cada vez mais embranquecido, o Mercado Livre vai apoiar financeiramente três blocos que deixaram de desfilar, permitindo que se reestruturem ao longo deste ano e que voltem a desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro em 2024.

Após uma seleção criteriosa, que considerou ainda a história e viabilidade, os afroblocos selecionados foram: o Afoxé Maxambomba, um dos mais notáveis da baixada fluminense e que está inativo desde 2015; o Tafaraogi, movimento afro pioneiro na zona oeste carioca, cujo último desfile também foi há oito anos; e o bloco Olodumaré, que tem influência do baiano Olodum e que não desfila desde 2019.

São esses blocos que inspiraram as peças das marcas que assinam a Coleção Abadá. Questionando o uso que foi dado ao abadá ao longo dos anos, uma campanha assinada pelo Mercado Livre e Feira Preta ajuda a contar esse lado pouco valorizado da história, trazendo ainda mais visibilidade para marcas e empreendedores negros.

Assinada pela GUT, a campanha foi lançada no dia 9 de fevereiro, sendo composta por vídeos que apresentam as marcas da Feira Preta responsáveis pela Coleção Abadá, elemento ressignificado como uma ferramenta de mudança.

Desde 2018, o Mercado Livre é parceiro da PretaHub, por meio da qual impulsiona o afroempreendedorismo no Brasil, dentro e fora da sua plataforma, e de maneira extremamente conectada ao seu propósito de democratizar o acesso ao comércio e ao dinheiro. Por meio dessa parceria, seu ecossistema apoia os conteúdos do Afrolab, programa que apoia e acelera empreendedores negros, indígenas e quilombolas desde o processo criativo até a comercialização dos produtos e serviços.

Foto: Divulgação/Mercado Livre e Feira Preta

Além disso, há mais de um ano, a companhia conta com uma loja oficial da Feira Preta, que reúne mais de 1.000 produtos de moda, beleza e decoração de 70 empreendedores curados diretamente pelo festival. O espaço, que se tornou um importante canal adicional de venda para esses empreendedores, que usufruem do alcance e visibilidade da plataforma durante todo o ano.

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“Estamos felizes em ser parceiros do Mercado Livre em mais um projeto que valoriza o legado da população negra. A coleção não só valoriza os afroblocos, mas também o legado do povo negro na construção do carnaval. Essa é uma manifestação cultural e popular de muita riqueza, de resistência do povo preto e de celebração da nossa ancestralidade, e deve ser visto como tal”, contextualiza Adriana Barbosa, CEO da Pretahub.

“A partir do momento em que o carnaval passou a ser visto como um grande projeto comercial, movimentando bilhões de reais, a população negra deixou de ser protagonista e passou a ocupar apenas os bastidores deste evento”, completa.

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