28 de maio é considerado o Dia Internacional da Dignidade Menstrual e o N’zinga – Coletivo de Mulheres Negras, de Belo Horizonte, vai distribuir 10 mil pacotes de absorventes para adolescentes e mulheres quilombolas, indígenas, em situação de rua, em cumprimento de medidas socioeducativas e em regime carcerário.
Segundo a ativista do N’zinga Benilda Brito, trata-se de incidir na garantia do direito à saúde: “É importante que as pessoas saibam que as pessoas que menstruam têm direito a absorventes e produtos de higiene. Quando esse direito é violado, isso impacta muito diretamente as condições de trabalho, de acesso à escola e de saúde”, afirma.
A iniciativa também inclui a realização de eventos junto aos públicos atendidos, com entrega das doações e conversas sobre saúde menstrual. No domingo, 28/05, o encontro é com a comunidade do Kilombu Manzo como parte da programação da tradicional Festa de Pai Benedito.
Na segunda-feira, 29/05, a partir das 15h, os absorventes serão distribuídos para grupos da Associação Mineira de Educação Continuada (Asmec). O evento conta, também, com apresentação cultural e roda de conversa.
Parte dos itens de higiene distribuídos pela ação – cerca de 6 mil unidades –foi produzida por mulheres em situação de cárcere, através de projeto realizado pela Asmec no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em BH. Para cada três dias de trabalho, as participantes reduzem suas penas em um dia, conforme prevê a Lei de Execução Penal.
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A ação do Dia Internacional da Dignidade Menstrual é realizada pelo N’zinga – Coletivo de Mulheres Negras, com financiamento da AHF Brasil e parcerias da Asmec – Associação Mineira de Educação Continuada, AIC – Agência de Iniciativas Cidadãs, Cria Preta, Por Elas – Instituto de Apoio a Meninas e Mulheres e Renca Produções.