O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se reuniu mais uma vez nesta sexta-feira (30), e formou maioria pela condenação e inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a decisão tomada nesta que é a quarta sessão do julgamento, o ex-presidente fica inelegível até 2030, e não poderá disputar as eleições municipais, estaduais e federais.
O julgamento de Bolsonaro foi iniciado por conta de uma reunião que o ex-presidente fez com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada. No encontro transmitido pela TV oficial do governo, Bolsonaro difamou o sistema eleitoral brasileiro, sem provas, às vésperas das eleições. No final, o placar ficou em 5 a 2 contra o ex-presidente.
Na última terça-feira (27) o relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves, concluiu que Bolsonaro deve ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Nesta quinta-feira (29), os ministros Floriano Marques e André Tavares votaram concordando com o relator.
Já na abertura da sessão desta sexta-feira, a ministra Cármen Lúcia já começou sua fala declarando seu voto a favor da inelegibilidade do ex-presidente. Em sua justificativa a ministra afirmou que afirmou que Bolsonaro cometeu ataques graves contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE, com informações falsas. O ministro Alexandre de Moraes acompanhou a ministra, votando a favor da condenação de Bolsonaro.
O ministro Raul Araújo foi votou a favor do ex-presidente, ao afirmar que entende que “não há que ter limites no direito à dúvida”, e o ministro Kassio Nunes Marques também votou contra a inelegibilidade.
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