A Justiça de São Paulo julgou improcedente a ação movida pelo vereador Fernando Holiday (Republicanos) contra a cantora Ludmilla. Além disso, na sentença assinada nesta segunda-feira (24), ele também foi condenado a pagar os custos do processo em 10% do valor que a artista recebeu de cachê pela apresentação (R$ 222 mil).
A ação foi movida em razão da cantora ter feito a letra “L” com a mão durante o show que realizou na Virada Cultural de 2022. O vereador pediu que o cachê pago à cantora fosse suspenso alegando que o gesto feito por ela fazia menção à campanha do então candidato à presidência da república, Lula (PT). Com isso, Ludmilla afirmou em suas redes sociais que os R$ 22 mil reais que vai receber serão enviados a uma instituição que luta e defende as causas animais.
Na ocasião o juiz Kenichi Koyama concluiu que a ação movida por Holiday foi feita de má-fé, e por isso o vereador foi condenado a pagar os demais custos processuais. Além de Ludmilla, o processo também foi movido contra a Prefeitura de São Paulo e contra a secretária de cultura da cidade, Aline Torres.
Apesar dessa vitória, a cantora recentemente perdeu um processo judicial por injúria racial que moveu contra o apresentador Marcão do Povo, após ele se referir à Ludmilla como “macaca”, durante o programa “Balanço Geral DF”, da Record, exibido em 2017. Com a repercussão do caso, na época, o apresentador foi demitido e também processado pelo Ministério Público.
Apesar da decisão, a assessoria da cantora afirmou, em nota que iriam recorrer da decisão. “Como pode? Eu, quieta, na minha, do nada vem um racista me atacando em rede nacional. Não podemos descansar até que seja feita justiça”, afirmou a cantora no comunicado.
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