Caso Wallace: oposto do Cruzeiro ainda é dúvida no dia da semi; entenda

O time do Cruzeiro enfrentará o São José dos Campos nesta quarta-feira (19), às 21h, em sua primeira partida da semifinal da Superliga masculina. A partida, que estava prevista para o último sábado, foi adiada devido ao imbróglio jurídico envolvendo o oposto Wallace.

Até o momento, não se sabe se o jogador estará apto para participar do jogo. Na terça-feira, uma audiência foi realizada no Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) para tratar do conflito entre a decisão do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (CECOB), que impôs a suspensão de Wallace até o início de maio, e a liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que permitiu que o atleta jogasse.

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) adiou a partida da semifinal e convocou a audiência no CBMA para definir a situação do jogador na Superliga. Entretanto, a audiência terminou sem uma decisão pública, e a defesa de Wallace espera que uma nota oficial seja divulgada pela CBMA nesta quarta-feira.

Tanto o Conselho de Ética do COB quanto o Cruzeiro não ficaram satisfeitos com a medida. O Conselho afirmou que a entrada de Wallace em quadra poderia resultar em “gravíssimas sanções” à CBV e se opôs a um novo julgamento. Já o time do Cruzeiro argumentou que o STJD é o órgão competente para definir o retorno do jogador.

Relembre o caso

Wallace, do Cruzeiro, foi punido pelo Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) com 90 dias de suspensão após post com enquete sobre tiros no Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O julgamento, realizado nesta segunda, definiu a suspensão do atleta, com início a partir de 3 de fevereiro, data do post, até 3 de maio.

Além da punição por 90 dias, Wallace havia ficado impedido de representar a seleção brasileira por um ano – até 3 de fevereiro de 2024. Ele, no entanto, já havia anunciado a aposentadoria da seleção.

A decisão foi unânime. Wallace foi condenado por “ato antiético de promover e incitar a violência por meio da internet e das redes sociais”. Joanna Maranhão, integrante do Conselho, declarou-se impedida de atuar no julgamento por ser apoiadora declarada do presidente Lula.