Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revela que as mulheres portadoras de deficiência sofrem mais solidão que os homens. Segundo o Órgão, 46% dos homens com deficiência são casados, entre as mulheres com deficiência esse percentual cai para 34%.
Outro dado da pesquisa que chama a atenção é que 58% dos homens PCD vivem em algum tipo de união e, entre as mulheres PCD, são 42%. A entidade de apoio às pessoas com deficiência, Dis Data questiona os motivos desses números. “Esses números nos levam a uma outra questão: porque há mais homens se relacionando do que mulheres?”.
Segundo o IBGE, a taxa de desocupação entre as mulheres brancas PCD é de 12,6%, já para as mulheres negras PCD, esses números chegam a 13,4%. Além disso, apenas 34% das mulheres com deficiência possuem vínculo formal com as empresas.
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“Há dificuldades em entrar no mercado de trabalho, e quando elas conseguem, essa vaga é proporcionalmente mais informal, de pior qualidade e com menos direitos. Também existem diferenças entre os tipos de deficiência. No caso das pessoas com deficiência mental, a inserção no mercado de trabalho é ainda mais difícil”, aponta o relatório do Órgão.
Ainda de acordo com a estimativa de 2022 do IBGE, atualmente, o Brasil conta com mais de 45 milhões de pessoas com deficiência e, deste total, apenas 486 mil estão no mercado de trabalho, formal ou informal.