“Essa iniciativa marca o novo momento da folia no centro histórico, onde tudo começou. A praça Castro Alves vai se tornar o palco da juventude, sobretudo negra e LGBTQIA+. Um espaço de valorização de estéticas e culturas pretas que, passeando pelos mais diversos ritmos afrodiaspóricos do Brasil e do mundo, celebra a diversidade racial, sexual e de gênero a partir da música, performances e artes visuais”, comenta Mauricio Sacramento, CEO, fundador e diretor criativo da BATEKOO.
Para abrir os caminhos, na sexta-feira, dia 17/02, a concentração começa, às 22h, na Praça Municipal, em frente ao Elevador Lacerda, e anda lentamente até a Castro Alves. Lá, onde o trio se estabelece, apresentações de O Maestro, Freshprincedabahia + Fall Clássico, Mirands e Neftara.
No sábado, 18, Swing do T10, Deize Tigrona e DMT. Na noitada seguinte, que cai no domingo, 19, Dj Cleiton Rasta, Tia Carol e Tícia são as atrações. Já na segunda-feira, 20, Luedji Luna, Mu540 e Karol Conká comandam a folia. Fechando a programação, na terça-feira, 21, Àttooxxá, Evylin convida Vírus e Irmãs de Pau. Afrobapho e Cristiane Mascarenhas também realizam suas performances durante a agenda que acontecerá, sempre, das 0h às 3h.
“A curadoria do palco foi feita pensando em como podemos falar de negritude a partir de uma visão afrobrasileira. Ele foi pensado para ser diverso, plural e único. Muitos dos artistas nunca se apresentaram em Salvador e ao mesmo tempo damos destaque pra cena underground e periférica local que movimenta os centros durante o ano inteiro”, ressalta Sacramento.
“A BATEKOO se compromete em ser uma fomentadora cultural, principalmente para artistas independentes, e no nosso palco vocês podem conferir um pouco dessa junção. Nosso propósito é reforçar a tradição dos blocos afros e tradicionais que já ocupam o centro histórico desde a sua criação. Estamos chegando para somar e contribuir com esse movimento que marca a nova música baiana e brasileira de maneira plural e inclusiva”, explica.
Fundada em 2014, na capital baiana, a BATEKOO ganhou notoriedade como um manifesto do movimento negro e LGBTQIA+, tendo como foco jovens da periferia e de baixa renda. Hoje, atua como uma plataforma de entretenimento, empreendedorismo e culturas negras, periféricas e LGBTI+, sendo um polo de conexões entre juventudes urbanas que protagonizou, também, o lançamento do primeiro festival contra-hegemônico.
Atualmente, o coletivo está presente, além de Salvador, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Santos.
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“É importante lembrar que a gente já fazia carnaval em outras cidades – inclusive acabamos de entregar mais uma edição do CARNAKOO na capital paulista – mas nunca tinha feito em Salvador. A Praça Castro Alves é onde o carnaval começou; Castro Alves é um poeta abolicionista. Fazer festa lá é um momento de consolidação da Batekoo, nesse diálogo com o poder público, de realmente levar essa juventude negra que já nos acompanha desde 2014. Foi uma coisa que se conectou muito com a nossa história e o nosso propósito”, finaliza Artur Santoro, CEO e head de projetos da BATEKOO.
Vale destacar que a BATEKOO, além de continuar com os bailes noturnos e ter furado a bolha dos grandes festivais, fomenta a cena educacional com aulas gratuitas sobre music business por meio da Escola B; a cena de produção executiva e artística com o selo musical Batekoo Records; e o projeto ‘Sessions’, que tem trazido luz à artistas emergentes com produto audiovisual no Youtube e principais plataformas de streaming.
Neste mês, a BATEKOO ainda realiza uma longa agenda e traz entre os destaques a Casa de Verão Salvador, sediada no Doca1, com uma série de atividades e eventos cotidianos.
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