O ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, Daniel Silveira (PTB), foi preso na manhã desta quinta-feira (2), em Petrópolis, região Serrana do Rio de Janeiro. A prisão foi pedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o ex-parlamentar “descumprir medidas cautelares impostas pela própria Corte”
Na decisão, o Ministro do STF Alexandre de Moraes diz que Silveira agiu com “completo desrespeito e deboche” com a prisão [domiciliar] decretada. O ministro também disse que o ex-parlamentar, além de danificar a tornozeleira eletrônica, continuava atacando o sistema eleitoral brasileiro e o STF “colocando em dúvida o sistema eletrônico de votação auditado por diversas organizações nacionais e internacionais”.
No ato da prisão, a Polícia Federal também apreendeu mais de R$ 270 mil em sua casa. Daniel Silveira se candidatou ao Senado pelo Rio de Janeiro, em outubro de 2022, com apoio da bancada bolsonarista. Ele não se elegeu e, por isso, perdeu o foro privilegiado a partir do momento que novos parlamentares tomaram posse.
O ex-parlamentar já estava sob medidas cautelares desde que foi condenado pelo STF, em abril de 2022, por estimular atos antidemocráticos, além de ataques a autoridades e instituições. Ele ficou primeiramente conhecido por ter quebrado a placa com o nome da vereadora Marielle Franco, durante campanha em 2018, ao lado do ex-governador Wilson Witzel e do deputado Rodrigo Amorim.
Renúncia Marcos do Val
Na manhã desta quinta-feira (2), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) anunciou em uma rede social que pretende renunciar o mandato. Ele foi eleito em 2018 e, teria que cumprir o mandato até 2026.
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Em entrevista para a GloboNews, Marcos do Val disse que a renúncia será devido a um dialogo , presenciado por Jair Bolsonaro, em que Daniel Silveira propunha uma ação golpista ao senador. Essa conversa teria acontecido logo depois das eleições em outubro.