O grupo de Bolsonaristas que invadiram prédios públicos no último dia 8 de janeiro, e ficaram acampados no quartel-general do Exército, reclamam da falta de conforto de suas celas, além de fazer alguns pedidos. O relato vem dos juízes que foram destacados para conduzir as audiências de custódia.
Uma das reclamações dos detentos foi de não ter o produto para limpeza de lente de contato. O juiz autorizou que o advogado levasse o produto adequado para a higienização. Também há protestos pela falta de água gelada para beber, de Wi-fi e pela qualidade da comida.
Um dos presos de Santa Catarina reclamou estar comendo apenas frutas, suco e todinho desde domingo passado. Os vândalos também reclamam de não terem sido avisados para onde estavam indo quando entraram no ônibus que os levaram até o presidio, contra a sua vontade. “Não sei se o senhor sabe, mas é assim que a prisão funciona”, respondeu o juiz responsável pela audiência.
Eles também exigem mais espaço em suas celas. Um deles disse estar compartilhando a cela com dez pessoas, onde só cabem oito, mas o juiz ressaltou que no ambiente carcerário, existem celas com 32 pessoas.
Já foram ouvidos, até o último domingo (15), 1.248 bolsonaristas pelos juízes federais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), sob coordenação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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Advogados têm ficado à espera para conseguir clientes e em média, oferecem uma audiência por R$ 1.000. O mutirão se iniciou na quarta-feira (11) e será encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que irá avaliar cada caso.
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