A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Justiça Federal do Distrito Federal o bloqueio de bens de pessoas e empresas que financiaram os atos golpistas do último domingo (8). Ao todo, R$ 6,5 milhões foram congelados, e serão utilizados para eventualmente ressarcir os custos materiais deixados no Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF).
O financiamento privado foi utilizado para custear o transporte dos terroristas, que, juntos, destruíram obras de artes, objetos, vidraças, também são responsáveis por invadirem gabinetes, rasgarem documentos e roubarem armas. A tentativa de golpe foi classificado pela AGU como “episódio traumático na história do pais”.
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52 pessoas e 7 empresas até o momento foram responsabilizadas financeiramente pelos atos golpistas. Os três poderes pontuaram que a AGU “teve um papel decisivo no desenrolar fático dos ataques antidemocráticos e, por isso, os responsáveis devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados”.
Entenda o caso
No último domingo, vários ônibus chegaram a Brasília, financiados por empresários e pessoas físicas. Os golpistas invadiram o Congresso Nacional após entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os participantes desses atos de vandalismo são pessoas que defendem pautas antidemocráticas, portam paus e pedras e ameaçam os policiais. Segundo as informações, mais de 4 mil bolsonaristas radicais participaram dos atos e, até o momento, segundo a Polícia Federal (PF), cerca de 1.400 estão presos na Academia da PF, em Brasília.