A noite da última segunda-feira (12) foi marcada por violência em Brasília. Um grupo de bolsonaristas queimou oito carros e cinco ônibus, além de tentarem invadir a sede da Polícia Federal (PF) e quebrarem os vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.
A Esplanada dos Ministérios amanheceu fechada para o trânsito de veículos nesta terça-feira (13) e a Praça dos Três Poderes também registra bloqueios, além de obstruções nas proximidades do Setor Hoteleiro Norte e da sede da Polícia Federal.
Os atos começaram por volta das 19h30, após a prisão de José Acácio Tserere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com a PGR, o indígena é investigado por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para o cometimento de crimes. Segundo a PF, José Acácio estava acompanhado do advogado e que todo o procedimento de prisão foi tomado dentro das legalidades da lei.
Após o início dos atos, manifestantes tentaram invadir o prédio da PF, em Brasília, a Polícia Militar foi chamada e houve confronto. Botijões de gás foram espalhados pela cidade, a polícia usou bombas de gás e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Uma pessoa de 67 anos precisou de atendimento médico pro inalar gás lacrimogêneo.
Os manifestantes defendem um golpe, com intervenção militar, além de não aceitarem o resultados das urnas, nas eleições realizadas no último dia 30 de outubro, quando o presidente diplomado, Luís Inácio Lula da Silva (PT), venceu o atual presidente, Jair Bolsonaro.
