O músico Leandro Lehart, que ganhou fama nos anos 90 e 2000 com o grupo Art Popular, foi condenado na Justiça a quase 10 anos de prisão por estupro e cárcere privado. Rita de Cássia Corrêa, a mulher que denunciou o Lehart, contou ao Fantástico neste domingo (18) os momentos de horror que passou ao lado do músico.
Rita e Leandro se conheceram em 2017 e mantiveram relações consensuais. Os abusos começaram em 2019. Em um dia, enquanto eles se relacionavam quando Leandro pediu para que eles continuassem no banheiro.
Rita conta que ele foi agressivo, a imobilizou e cometeu um ato grotesco e escatológico de violência. “Na minha boca. Eu já comecei a me debater, e pedindo para ele parar. Tentei tirá-lo de cima de mim, mas não consegui. Ele ainda se masturbou até chegar ao orgasmo”, contou a vítima.
LEIA TAMBÉM: Audiência sobre suposto caso de racismo de Luisa Sonza é cancelada após link vazar
“Ele disse: ‘Você acha que eu queria o quê? Relacionamento? O que você acha que eu gostaria de uma negrinha como você?’. Que não era para eu contar para ninguém, divulgar na mídia, procurar a polícia. Porque eu nem teria condições de pagar um advogado para me defender, que o dinheiro que ele tem, os advogados dele iam agir contra mim, que eu ia sair com uma aproveitadora”, conta.
Após os abusos e humilhações, Lehart chamou um motorista de aplicativo e a deixou ir embora.
“Já fui direto para o banheiro. Já ali no chão mesmo, me despenquei a chorar e fiquei muito tempo ali tentando me higienizar, tentando tirar todo aquele cheiro horrível, aquele gosto, escovando meus dentes. Ali embaixo do chuveiro”, relembra Rita.
As humilhações deixaram marcas profundas em Rita que perdeu o emprego e tentou suicídio.
“Me joguei de um lance de escadas muito grande, ali no desespero. Querendo fugir de tudo que eu estava passando”, conta.
Mesmo após os crimes virem à tona, o artista seguiu com sua agenda de shows.
Pelas redes sociais, o vocalista do Art Popular foi visto se apresentando em um bar de São Paulo.