Neste ano, o tradicional Grito dos Excluídos contou com uma ação de distribuição de café da manhã a pessoas em situação de rua, em São Paulo. O ato também aconteceu em diversas cidades do Brasil. O lema foi “200 anos de (in)dependência para quem?”. Dessa vez, um dos focos principais do movimento foi o protesto contra a fome, problema que acomete uma parcela importante da população.
A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas surgiu em 1994, a partir do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas, inspirada na Campanha da Fraternidade de 1995, com o lema: A fraternidade e os excluídos.
Entre as motivações que levaram à escolha do dia 7 de setembro para a realização do Grito dos/as Excluídos/as estão a de fazer um contraponto ao Grito da Independência”, diz o site oficial do evento.
“O primeiro Grito dos Excluídos/as foi realizado em 7 de setembro de 1995, tendo como lema A vida em primeiro lugar”.
Os organizadores da iniciativa – o Movimento da População de Rua, a campanha “Gente é para brilhar e não para morrer de fome, os Comitês Populares e o Movimento Sem Terra (MST) – reuniram-se na frente da Catedral da Sé, no centro de São Paulo, e integraram o 28º Grito dos Excluídos e das Excluídas. Foram distribuídos 3 mil kits com alimentos, que incluíram arroz doce preparado com produtos das cooperativas do MST.
As manifestações enfatizaram a importância de se alcançar uma “independência popular” e também consideraram importante defender a democracia, considerando a instabilidade política nacional na atual conjuntura e em pleno ano de eleições presidenciais.
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