Polícia investiga roubo de acervo no Museu Itamar Assumpção

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A Polícia Civil de São Paulo investiga o furto dos óculos escuros do cantor Itamar Assumpção, que fazem parte da Exposição Afro Brasileiro Puro, apresentada no Centro de Cultura de São Paulo (CCSP). Na última sexta-feira (26), a peça que se encontrava no acervo do Museu Itamar Assumpção (MU.ITA), estava guardada em uma vitrine com um vidro reforçado e a exibição, que ficaria disponível até 4 de Setembro, foi suspensa para averiguação.

Os óculos escuros eram marca registrada do cantor e compositor – Foto: Acervo MU.ITA

O objeto é um fragmento da memória e trajetória de Itamar que se mantém vivo diante do trabalho realizado pelo MU.ITA, o primeiro museu digital de um artista negro brasileiro. A família teve a iniciativa de resgatar a história do cantor e guardou diversos elementos, entre eles o acessório que é a marca registrada, única e preservada da década de oitenta. “A peça contém um valor inestimável”, afirma o Museu.

Em uma postagem nas redes sociais, direção do museu disse que seguirá acompanhando os trabalhos periciais e manterão a memória de Itamar viva. “Agora, seguiremos acompanhando o trabalho de investigação e na torcida para termos os óculos do ITA de volta ao nosso acervo. Reforçamos que manter viva a memória de Itamar Assumpção é atuar diretamente no enfrentamento ao racismo, reconstruindo a imagem do negro na nossa sociedade e fazendo com que a sua trajetória sirva de inspiração para as próximas gerações”, escreveu.

Sobre a Exposição e o MU.ITA

A exposição Afro Brasileiro Puro é constituída sobre recordação da história de Itamar Assumpção, músico, cantor, compositor e poeta. Com imagens, documentos e vídeos, a vida de Assumpção é retratada, reafirmando a sua ancestralidade. O Museu, fundado em 2020 pela família de Itamar Assumpção, é considerado um local de resistência e agrupa mais de 2 mil obras originais da carreira do músico.

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A função do espaço é resgatar os valores que trazem de volta a afirmação da sua identidade africana, sendo o primeiro a possuir a tradução na língua Iorubá. Desde então, o local pode ser utilizado como fonte de interesse para diferentes públicos, agindo na manutenção da imagem do negro e serve de referência como patrimônio cultural.

Thayna Santana

Thayna Santana

Thayná Santana é graduanda em Jornalismo pela UNESP, nascida e criada no interior de São Paulo, atua como assessora de mídias sociais e possui grande experiência como hairstylist, contribuindo o seu interesse do mundo afro com a comunicação.

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