Hoje ainda é quinta-feira, mas pela segunda vez, em uma mesma semana, a Copa Libertadores da América, organizada pela CONMEBOL, foi o cenário de ações racistas de torcedores. Na noite desta quarta-feira (29), um torcedor do Cerro Porteño foi flagrado imitando um macaco em direção à torcida do Palmeiras, no estádio General Pablo Rojas, em Assunção, ao lado dos policiais paraguaios.Torcedores palmeirenses marcaram a Conmebol em diversas postagens com o vídeo cobrando da organização uma atitude diante dos atos racistas na Libertadores.
Um dia antes, três torcedores do Boca Juniors já haviam sido detidos em São Paulo na partida da Libertadores na qual o time argentino empatou com o Corinthians. Dois deles foram flagrados fazendo o mesmo gesto de imitar macacos na direção da torcida do time paulista. Um terceiro foi filmado fazendo uma saudação nazista. Dois desses argentinos pagaram fiança, nesta quarta-feira, no valor de R $20 mil e foram soltos para responderem o processo em liberdade.
A constância do racismo nos estádios e de açãoes racistas na Libertadores foi repudiada em nota divulgada pelo time do Palmeiras que cobrou ação das autoridades sem citar o nome da CONMEBOL: “A Sociedade Esportiva Palmeiras vem novamente a público repudiar as manifestações racistas praticadas contra a nossa torcida em um jogo da Libertadores. Não podemos aceitar que cenas como essas se tornem rotineiras durante a disputa do mais importante torneio de clubes da América do Sul. Esperamos que as autoridades tomem as providências necessárias para coibir esse crime. É hora de darmos um basta à discriminação!”.
Até o momento a CONMEBOL não se posicionou sobre os casos ou respondeu aos comentários dos torcedores em suas redes.
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