O Departamento Federal de Investigação (FBI) está sendo processado pela ginasta Simone Biles e mais de 90 atletas norte-americanas por não evitar novos abusos sexuais cometidos por Larry Nassar, ex-médico da na seleção de ginástica dos Estados Unidos. A denúncia foi feita nesta quarta-feira (08) e exige o pagamento de US$1 bilhão em indenização do órgão policial.
O documento entregue à justiça se baseia nas denúncias anteriores que foram feitas e chegaram até o FBI em 2015, mas foram arquivadas. Somente em maio de 2016 houve novas investigações que foram adiante. O Departamento Federal de Investigação confirmou que agentes cometeram diversos e fundamentais erros, além de quebrar várias regras da instituição. No final de maio deste ano o departamento informou que não processaria os agentes infratores.
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Segundo a ginasta Maggie Nichols, o órgão federal estava ciente dos crimes cometidos por Larry Nassar contra ela e permitiu o mesmo acontecesse com outras meninas. “O FBI sabia que Larry Nassar era um perigo para as jovens quando o ataque contra mim foi relatado pela primeira vez, em setembro de 2015. Eles trabalharam durante 421 dias para esconder esta informação do público, permitindo que Nassar continuasse a agredir meninas e mulheres jovens”.
Entre os nomes das mais de 90 atletas envolvidas no processo contra o FBI estão Simone Biles, Aly Raisman, McKayla Maroney e Maggie, cada uma pediu 50 milhões de doláres, de acordo com o escritório de advocacia Manly, Stewart & Finaldi. As ginastas Kaylee Lorincz e Hannah Morrow pedem US$ 42,5 milhões, e demais 90 mulheres solicitam US$ 10 milhões indivualmente. Com isso a quantia total é entre US$1 bilhão e US$1,2 bilhões.
Em dezembro de 2021, a Federação de Ginástica e o Comitê Olímpico dos EUA concordaram em pagar US$380 milhões em indenização às vítimas de Larry Nassar. Já a Michigan State University, sede dos treinos da seleção americana de ginástica, concordou em pagar cerca de R$2,4 bilhões para as mais de 300 garotas e mulheres que foram alvos dos abusos sexuais.
Larry Nassar, de 58 anos, foi condenado em 2017 e 2018 à 125 anos de prisão após se declarar culpado de mais três acusações de agressão sexual e mais 175 anos por se declarar culpado de sete agressões sexuais, maioria contra menores. Ao total foram cerca de 300 meninas e mulheres que o denunciaram por crimes de cunho sexual.
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